Foto: Alan Santos/PR

O Republicanos – partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) – anunciou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A legenda é presidida no estado pelo deputado federal Márcio Marinho.

“No próximo dia 30 (de maio), temos as convenções em São Paulo, presumo eu, que ali já será dado o apoio ao presidente já no primeiro turno à reeleição. Na Bahia, o Republicanos irá apoiar a candidatura à reeleição de Bolsonaro, até por orientação da nacional”, disse ele, em entrevista à rádio Salvador FM, ao minimizar o fato do pré-candidato a governador da Bahia, ACM Neto (União Brasil), não querer se vincular ao presidente Bolsonaro. “ACM Neto tem as suas razões, razões identificadas por pesquisa qualitativa, da dificuldade de estar atrelando a imagem dele a Bolsonaro”, acrescentou Marinho.

O Republicanos é cotado para indicar o candidato a vice-governador na chapa de ACM Neto. Três nomes do partido são cotados: os deputados federais Marcelo Nilo e Márcio Marinho e a presidente licenciada da União dos Vereadores do Brasil (UVB) Mulher, Edylene Ferreira.

Se de fato o Republicanos indicar o vice para a chapa de ACM Neto, o ex-prefeito terá dois partidos que apoiam Bolsonaro na sua majoritária. Isso porque o PP (nacional), que tem Cacá Leão como pré-candidato a senador da Bahia, apoiará também a reeleição do presidente da República. Apesar de o PP nacional declarar apoio a Bolsonaro, Cacá Leão disse, em entrevista à Tribuna publicada nesta semana, que a legenda deve liberar os filiados na Bahia.

“A tendência é que a gente libere, inclusive, os filiados para apoiar quem quiser. A gente tem filiados, alguns deputados que se identificam mais com a esquerda, outros que são mais ligados a Bolsonaro. O partido tanto a nível nacional quanto do estado vai liberar para quem quiser caminhar conforme sua consciência”, disse Cacá.

Acusação – ACM Neto acusou ontem o Governo do Estado de “perseguição” e “ameaça” a prefeitos do interior.

“Agora mesmo a gente tem acompanhado lamentavelmente o Governo do Estado chamar os prefeitos, ameaçar. Dizem que, se não tirar uma foto, se não postar na rede social, se não colocar foto no WhatsApp e no Instagram, não vai receber o convênio, que a cidade não vai ser ajudada”, afirmou, durante discurso na Câmara Municipal de Guajeru, no Sudoeste da Bahia.

“Isso é um absurdo, é uma coisa inaceitável, uma coisa ditatorial. Mas tudo bem, sabe por quê? Porque nada disso é mais forte do que a vontade do povo. Quando o povo quer uma coisa, acabou, não tem força que segure. E a beleza da democracia é essa, quando chega na hora da eleição é só cada pessoa, sua consciência e mais nada. O voto, graças a Deus, é secreto e inviolável. Cada pessoa pode ir lá e escolher pensando no melhor para o seu futuro”, acrescentou. Tribuna da Bhia