No que depender da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro não enfrentará problemas para presidir a Aliança pelo Brasil, seu novo partido. Isso contraria uma resolução de 2007 que considerou haver, sim, conflito de interesse no fato de integrantes do primeiro escalão do governo comandarem partidos políticos.

Como lembra a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o caso em questão reprovou o acúmulo de funções do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que presidia o PDT. Por outro lado, a regulamento da comissão dizia que essas determinações não se aplicam ao cargo de presidente. Ainda assim, opositores têm apontado o uso da máquina pública por Bolsonaro para criar a nova legenda.

Em fase de construção, o Aliança vem fazendo um esforço para coletar as 492 mil assinaturas necessárias até abril para que seus membros possam concorrer nas eleições municipais deste ano. De acordo com a publicação, cartórios estão sendo procurados para dar plantão e, com isso, validar assinaturas mais rapidamente.