© Pedro França/Agência Senado

Após apreender os quatro celulares de Frederick Wassef, em agosto deste ano, a Polícia Federal (PF) já conseguiu acessar o conteúdo e entregou um HD com a cópia do material extraído ao advogado da família Bolsonaro.

Conforme Bela Megale, no O Globo, a partir de agora os investigadores já podem iniciar a análise e a perícia dos aparelhos, visto que antes eles haviam extraído o conteúdo, mas ainda não tinham permissão da Justiça para fazer relatório a partir dos dados.

O motivo do cuidado com Wassef é o fato dele ser advogado, e, portanto, ter prerrogativa de sigilo de suas comunicações com clientes. Por conta disto, a entrega dos dados dos telefones do advogado dos Bolsonaro teve acompanhamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

De acordo com a coluna, a Polícia Federal deverá incluir no laudo pericial tudo que for analisado e, ao final, submeter o material à OAB, que vai verificar se a apuração se ateve a itens relacionados apenas à investigação.

O conteúdo da investigação é motivo de temor para a família Bolsonaro, já que Wassef esteve envolvido em diversos enroscos dos clientes e as conversas podem revelar outros crimes. Durante a operação da PF, o advogado chegou a tentar não entregar um dos celulares, que segundo ele era exclusivo para falar com o ex-presidente.

Além de ter sido alvo da PF por ter recomprado um relógio rolex vendido irregularmente por assessores de Bolsonaro nos Estados Unidos, o advogado também abrigou em sua casa, em Atibaia, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, quando ele era foragido da Justiça. Bahia.Ba