O vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), os ex-executivos da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud, além de outras sete pessoas, foram presos nesta sexta-feira (9), em uma operação que investiga suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

 

Os 19 mandados de prisão temporária e 63 de busca e apreensão são cumpridos no Distrito Federal e em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso. A PF fez buscas no gabinete do vice-governador de MG, que também chefiou a Agricultura de março de 2013 a março de 2014. Ele foi preso em uma fazenda em Vazante, no Noroeste de Minas.

 

O advogado de Joesley disse não conhecer os fundamentos da prisão e que não iria se manifestar. Batizada de Capitu, a operação é um desdobramento da Lava Jato e feita em conjunto com a Receita Federal. A operação é baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB. Segundo as investigações, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB.

 

Eles recebiam dinheiro da JBS, que pertencem aos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo segundo informações do portal G1. Ainda de acordo com as investigações, empresas doavam dinheiro para políticos e partidos. Duas grandes redes varejistas de Minas Gerais atuavam no esquema, por meio de seus controladores e diretores.