A Polícia Civil em Santo Antônio de Jesus, município no recôncavo baiano, investiga a morte de um motociclista de 38 anos que foi atropelado na cidade na sexta-feira (22). O delegado Orlando Corsino, que investiga o caso, não deu detalhes das apurações. A família da vítima diz que Erivaldo Paulo de Jesus foi morto por um colega após uma discussão em um bar.

Nesta quarta-feira (20), parentes da vítima fizeram um protesto na cidade para pedir justiça pelo crime e que o suspeito, que chegou a se apresentar na delegacia, na segunda-feira (18), mas foi liberado, seja preso.

Cerca de 40 pessoas, vestidas de branco, incluindo familiares e amigos, além de vários motoristas participaram do protesto. Eles carregam várias faixas e cartazes pedindo justiça.”Meu pai não vai voltar”, dizia a mensagem em uma das faixas.

“A gente quer justiça. Ele [suspeito] se apresentou com os advogados e simplesmente saiu, não foi preso. Não aconteceu nada”, afirmou Gabriele Santana, enteada de Erivaldo.

Caso

Segundo a polícia, Erivaldo pilotava uma motocicleta, no bairro São Benedito, quando foi atingido por uma caminhonete. A família informou que o Samu chegou a ser acionado, mas, ao chegar ao local a vítima já estava morta.

Os parentes de Erivaldo, que era motorista, afirmam que um colega dele, identificado como Júnior Froes, e mais conhecido como Júnior Cabeça, atropelou a vítima e fugiu. O motivo do crime, conforme a família, seria uma discussão ocorrida em um bar onde os dois bebiam pouco antes do atropelamento.

Júnior, que segundo testemunhas, teria brigado e agredido Erivaldo

O delegado Corsino informou que um suspeito se apresentou na delegacia da cidade, mas não foi preso porque não tinha elementos suficientes que indiquem que o autor do crime, além de ter passado o prazo para uma prisão em flagrante. O delegado não informou o nome do suspeito e preferiu não dar detalhes sobre o caso, alegando que divulgação das informações podem atrapalhar as investigações.

“A pessoa manifestou interesse de se apresentar. Se apresentou acompanhado de um advogado, três dias depois. Naquele dia fizemos o que podia ser feito. Ouvimos ele. Ele apresentou também um carro. Ele foi liberado. Não estava no flagrante”, afirmou o delegado segundo informações do G1. Fotos: Gabriele Santana dos Santos / Arquivo Pessoal

Erivaldo, vítima de atropelamento provocado por Júnior