O prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (PTC), divulgou nota, na tarde desta quinta-feira (2), em que explica a declaração feita durante uma entrevista coletiva realizada na última terça-feira (30). No texto, publicado nas redes sociais da prefeitura, Gomes afirma que não houve ‘descaso’ com vítimas da Covid-19 ao falar em “morra quem morrer”.

“Nossos atos, como cidade com maior testagem e uma das que há mais tempo permanece com o comércio fechado, só reforçam o nosso compromisso pela vida da nossa população. Tenho cinco mandatos como prefeito, o povo de Itabuna me conhece “, diz o prefeito.

Fernando Gomes havia afirmado, em entrevista coletiva transmitida pela internet, que autorizaria que estabelecimentos comerciais reabrissem as portas a partir da próxima quinta-feira (9) “morra quem morrer”. O vídeo tem circulado nas redes sociais e virou alvo de críticas.

“Primeiro, lutar pela vida, a vida é uma só. [Depois que] morrer, acabou [a vida]. Não tem fortuna, não tem pobreza, não tem falência, não tem nada. Mas não posso abrir uma coisa que não tenho cobertura. Com a dúvida, com os nossos morrendo por causa de um leito em Itabuna, vou transferir essa abertura. No dia 8, mandei fazer o decreto, que no dia 9 abre, morra quem morrer”, disse o prefeito, na ocasião.

Durante a manhã, a prefeitura já havia afirmado, por meio de nota, que o prefeito foi “mal interpretado” em sua fala e que está “contrariado com a situação, porque entende a necessidade da reabertura do comércio”. O prefeito ponderou na nota que, segundo ele, “40 lojas não voltarão a abrir em Itabuna, e vários pais de família estão desempregados”.

Na última semana, a previsão da prefeitura de Itabuna era colocar em prática a flexibilização das atividades comerciais já a partir de 1º de julho. No entanto, a reabertura foi adiada, porque o município registra 100% de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com a Covid-19, conforme apontou relatório da Procuradoria Jurídica do Município. G1