(Secom PMS)

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), acaba de entregar a chave da cidade ao Rei Momo, Alan Nery, em uma cerimônia no Camarote 2222 em frente ao Farol da Barra. A partir de agora entramos oficialmente no Carnaval de 2023. Nos próximos sete dias, cerca de mil atrações, 600 delas nos três circuitos oficiais e 400 nos carnavais nos bairros, vão oferecer 2.600 horas de música ao longo da folia.  O governador Jerônimo Rodrigues também participou da cerimônia.

Logo após o evento, a cantora Ivete Sangalo puxa um bloco sem corda no circuito Dodô (Barra/Ondina). Ela será a primeira atração da festa de Momo e a responsável pela abertura da folia. A artista chegou ao local 3h antes da saída do trio, marcada para 16h, para fazer a passagem de som. Bruno Reis destacou a expectativa para os próximos dias e a emoção pela volta da festa.

“Os principais artistas da Bahia que tinham disponibilidade de data, sem seus próprios produtos, camarotes e blocos, nós contratamos. A gente tentou o máximo que pudessem tocar aqui (na Barra) e no Centro. Estamos fazendo um Carnaval no Centro como nunca foi feito. Uma grande campanha, resgatando a tradição e história daquele circuito e nossas principais atrações vão se apresentar lá, especialmente domingo, segunda e terça”, disse.

Esse é o primeiro Carnaval dele como prefeito. Depois que assumiu o comando da prefeitura, em 2021, a pandemia impediu a realização da festa por dois anos seguidos.

“Durante a pandemia, em determinados momentos a gente se perguntava se poderia voltar a ocorrer no mundo festas de rua como o Carnaval. A gente sabe a importância do Carnaval para a economia de nossa cidade, projetar Salvador no Brasil e no mundo. Fundamental a gente voltar de forma marcante, triunfal. Tenho certeza que será um Carnaval histórico pra gente celebrar a volta da maior festa de rua do planeta”, disse o prefeito.

Bruno chegou ao camarote cercado por assessores e políticos aliados. Subiu até o mezanino do camarote e confraternizou com o Rei Momo. Depois que a chave foi entregue, o prefeito ficou na sacada do prédio aproveitando o show de Ivete Sangalo e cumprimentando eleitores que passavam e acenavam. Pela manhã, ele esteve no Campo Grande para outra cerimônia.

Rei Momo
A chave de 80 centímetros e produzida com material compensado e madeira de eucalipto foi entregue a um Rei Momo sorridente. O produtor cultural Alan Nery, que assumiu o papel tem 35 anos e 110 kg. Ele foi eleito através de um concurso realizado no Clube Fantoches da Euterpe, no Dois de Julho, e comentou sobre a emoção de ser Rei Momo.

“Uma responsabilidade muito grande levar alegria e felicidade para os quatro cantos da cidade. Meu coração está muito ansioso para comandar essa festa, foi muito tempo de espera”, disse. Alan lembrou do irmão que morreu em 2021. “Estou fazendo esse ano para homenageá-lo, onde ele estiver está curtindo com a gente. Duzinho Nery o nome dele”, disse o Rei Momo. “Estava sentindo muita falta, adoro o Carnaval de Salvador, essa loucura, curtir a festa. Estava todo mundo ansioso por esse momento”.

Todos os recursos usados na confecção da chave foram fornecidos pela Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal). A pintura é dourada e a produção mobilizou trabalhadores de carpintaria e fibras que fazem esse trabalho há 20 anos.

Figura de origem mitológica grega, o Rei Momo é o filho do Sono e da Noite, o deus da festividade. É conhecido, para além do seu peso, por sua irreverência, sarcasmo e ironia. Travesso, há quem diga que a realeza momesca aprontou tanto com outros reis que foi expulso do Olimpo.

Os gregos e romanos foram os primeiros que trouxeram a associação desse ser com as comemorações festivas. No Brasil, ele foi ligado aos carnavais no começo da década de 1930 e, atualmente, é o guardião durante os dias da festa carnavalesca, recebendo as chaves pelas mãos do prefeito.

Homenagem
Este ano a Sala de Imprensa Oficial do Carnaval de Salvador, na Praça 2 de Julho, no Campo Grande (Circuito Osmar), foi batizada com o nome da jornalista Andréa Silva, da TV Bahia. O espaço oferece suporte aos profissionais de imprensa durante a folia e foi inaugurado pelo prefeito Bruno Reis, durante a manhã.

“É um reconhecimento ao trabalho dos jornalistas. Não apenas pela cobertura que vão realizar em mais um Carnaval, mas também pelo trabalho feito todos os dias do ano. Convivo diariamente com muitos aqui. Tem jornalistas que encontro mais do que membros da minha família ou da nossa equipe, porque estamos todos os dias nas ruas e os jornalistas estão lá conosco, realizando o papel fundamental de divulgar informações para os cidadãos”, disse

Andréa Silva é repórter da TV Bahia há 28 anos. Ela começou a carreira em Itabuna, no Sul do Estado, até que em 1995 mudou para Salvador, inicialmente para trabalhar como repórter da TV Itapoan. Foi no carnaval daquele ano que ela entrou pela primeira vez ao vivo, cobrindo o cortejo do Olodum, na Praça Castro Alves.

No ano seguinte, Andréa estreou na TV Bahia, onde trabalha até hoje. Ela é considerada a rainha das reportagens ao vivo, por conta da desenvoltura e do carisma com o público. Em 2013, ela cobriu a primeira festa da carreira solo de Saulo Fernandes e, em 2015, a primeira Pipoca do Kannário, que reuniu uma multidão.

Andréa Silva tem 50 anos, é casada com o repórter cinematográfico Ricardo Artner e é mãe de dois filhos. É torcedora do Bahia e admiradora de Santa Dulce dos Pobres. Durante o Bahia Meio Dia (TV Bahia) ela agradeceu a homenagem e comentou a relação com o carnaval.

“Nunca fui foliã, mas pode ter certeza que eu curto demais o Carnaval. Só que trabalhando. Cobrir o Carnaval para mim é, ao mesmo tempo, brincar o Carnaval. Por isso que eu gosto da rua, de estar no chão. Aquela coisa de subir e descer do trio com microfone, se embolar nos cabos com os colegas, puxar o artista para fazer uma pergunta. Isso é muito vibrante para mim, eu adoro”, conta Andréa.

A Sala de Imprensa Oficial do Carnaval de Salvador Andréa Silva vai funcionar até a terça-feira (21), das 9h às 21h. A estrutura climatizada possui computadores e acesso à internet, além de sala de coletivas, para atendimento aos profissionais de imprensa que fazem a cobertura da folia.