Além de ser eleita como a primeira mulher indígena para a Câmara dos Deputados de Roraima nesta eleição, Joênia Wapichana venceu o Prêmio das Nações Unidas de Direitos Humanos anunciado pela presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Fernanda Espinosa, no dia 25 de outubro. A premiação é concedida a pessoas e organizações pelas suas conquistas em direitos humanos.

 

Entre os nomes que já foram premiados pela Organização das Nações Unidas estão o pastor norte-americano Martin Luther King, o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela e a ativista paquistanesa e também premiada com o Nobel da Paz Malala Yusafzai -, além das organizações Anistia Internacional e Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

 

Joênia Batista de Carvalho, 43 anos, foi a primeira mulher brasileira de origem indígena a se formar em Direito e a exercer a profissão de advogada no país. Ela também foi nomeada primeira presidente da comissão Nacional de defesa dos Direitos dos Povos Indígenas no ano de 2013. Em entrevista ao ONU News, Joênia Carvalho afirmou que o prêmio pode servir de inspiração para os povos indígenas segundo informações da Agência Brasil.

 

“Quando eu levo a palavra como primeira mulher indígena formada no Brasil, é justamente para dar um incentivo, para que essa minha imagem possa ser reproduzida, multiplicada dentro dos povos indígenas”, destacou.

 

Criado pela Assembleia Geral da ONU em 1966, a edição coincide com o aniversário de 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A entrega do título acontecerá em dezembro, na sede das Nações Unidas, em Nova York, como parte da comemoração da data.