Foto: Fernando Vivas/GOVBA

O primeiro lote da vacina de Oxford, com 2 milhões de doses importadas da Índia, é suficiente para aplicar a dose inicial em 27% dos profissionais da saúde do Brasil, segundo um ofício do Ministério da Saúde enviado no sábado (23) para as secretarias estaduais. O documento prevê também o envio de 100 mil doses, cerca de 5% do total, para o estado do Amazonas, que deve aplicar exclusivamente em idosos com 70 anos ou mais – isso equivale a cerca de 77% da população desta faixa etária no estado.

“Dado o cenário atual do estado do Amazonas, foram direcionadas doses à 100 mil idosos do estado, tendo sido contemplados: 100% dos idosos de 80 anos e mais; 100% dos idosos de 75 à 79 anos; e 37% dos idosos de 70 à 74 anos”, diz o ofício. A aplicação completa da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca exige uma segunda dose, que pode ser aplicada em até três meses após a primeira, para reforçar a resposta imunológica do organismo.

Segundo o documento, a definição do número de profissionais da saúde usado no cálculo foi feita a partir de uma estimativa de 2020, com base nos dados da campanha da vacina contra a gripe, e inclui os trabalhadores de 18 a 59 anos. O Ministério da Saúde explica também que, além de enviar material suficiente para vacinar pouco mais de um quarto dos trabalhadores, há um excedente de 5% que é enviado aos estados como “perda operacional”, em caso de problemas com o transporte, armazenamento ou aplicação.

Grupo prioritário

As recomendações do Ministério da Saúde são para que, neste momento, seja priorizada a vacinação dos profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus. Além disso, idosos residentes em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência em residências inclusivas (institucionalizadas) e a população indígena vivendo em terras indígenas também fazem parte do grupo prioritário.

A lista de prioridades do governo é extensa, e as secretarias estaduais de saúde têm autonomia para definir de que forma – e em que ordem – os grupos listados poderão ser vacinados. A vacina de Oxford não é a única disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), que já vem sendo distribuída no país.

Cerca de 10 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac com o Instituto Butantan (SP), foram distribuídas e são aplicadas em todo o território nacional. Segundo o ministério, atualmente, o Brasil tem mais de 354 milhões de doses de vacinas garantidas para 2021, por meio dos acordos com a Fiocruz (254 milhões de doses), Butantan (100 milhões de doses) e Covax Facility (42,5 milhões de doses). G1