O pedido de informações sobre as urnas eletrônicas da Bahia, feito pela coligação de Jair Bolsonaro antes do 1º turno, foi uma forma de “garantir provas”, caso o presidente eleito resolvesse ingressar com uma acusação de fraude no pleito presidencial. De acordo com um advogado eleitoral consultado pelo Bahia Notícias, a solicitação feita ao no TRE-BA no dia 7 de setembro não é comum e pode indicar uma preparação do grupo.

 

Para Neomar Filho, advogado eleitoral, ao pedir antes das eleições as atas de geração das mídias e os logs dos computadores que criaram os dados para as urnas, a coligação “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” queria garantias. “O candidato procurou se cercar e ter em mãos os dados que alimentaram as uras, se porventura tivesse que questionar algo”, comentou.

 

Durante as eleições, não foram poucas as vezes que Bolsonaro levantou dúvidas sobre o uso das urnas eletrônicas. No segundo turno, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a remoção de 55 links em que o capitão reformado questionava a lisura das eleições (lembre aqui). “O pedido mostra que Bolsonaro queria se antecipar, caso o resultado não fosse correto”, completou Neomar Filho segundo informações do Bahia Notícias.