A Justiça determinou que o ex-presidente do Vitória Paulo Carneiro pague uma indenização no valor de R$ 10 mil por danos morais ao ex-zagueiro Rodrigo. A ação foi movida após o dirigente comentar em um programa de rádio o episódio de uma “dedada” do jogador, então na Ponte Preta, no atacante Santiago Tréllez, do time rubro-negro, pelo Campeonato Brasileiro de 2017.

O episódio aconteceu pela penúltima rodada da Série A de 2017, quando, na luta contra o rebaixamento, Ponte Preta e Vitória se enfrentaram no Moisés Lucarelli. A Macaca vencia a partida por 2 a 0 até que Rodrigo foi expulso por “dedada” em Tréllez aos 18 minutos do primeiro tempo. O lance desencadeou a reação do time rubro-negro, que venceu por 3 a 2 e decretou a queda da Ponte.

Já a declaração de Paulo Carneiro aconteceu em 2020, em entrevista para a Rádio Itapoan FM, de Salvador. A defesa de Rodrigo alega que, na entrevista, o dirigente deu a entender que o jogador e o técnico Vagner Mancini, então no Vitória, haviam atuado juntos no episódio da “dedada”.

Posteriormente, o ex-presidente divulgou um áudio nas redes sociais em que nega ter afirmado que houve armação no episódio da “dedada” e que tudo não passou de uma ironia.

– Uma entrevista em que o Paulo Carneiro fez acusações de que eles tinham combinado para ganhar dinheiro no episódio da dedada – explica João Henrique Chiminazzo, advogado de Rodrigo e Vagner Mancini.

Assim como Rodrigo, Mancini também entrou com uma ação contra Paulo Carneiro, mas o processo ainda não foi julgado.

– Entrei com uma ação em nome de cada um. Os dois foram lesados com uma mentira infundada. Realmente a declaração não tem prova, por mais que ele [Paulo Carneiro] tenha se defendido dizendo que foi irônico. E foi comprovado que não teve ironia – completa Chiminazzo.

O jogo contra o Vitória foi o último da carreira de Rodrigo, que posteriormente concedeu entrevista e avaliou a “dedada” como o seu pior momento. Já Mancini atualmente é treinador do América-MG, e Paulo Carneiro foi destituído do cargo de presidente do Rubro-Negro em 2021 após denúncias de irregularidades. Globoesporte