O Bahia esteve perto de encerrar o jejum de três jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, mas, com um jogador a mais, não conseguiu segurar a vantagem diante do Cruzeiro na noite deste domingo. No Mineirão, o Tricolor saiu na frente do placar em cobrança de pênalti de Fernandão. E mesmo contando com a expulsão do lateral Orejuela, o Tricolor sofreu empate gol de Sassá em belo chute de fora da área.

Na entrevista coletiva após a partida, Roger viu como positiva a atuação da equipe nesta noite. O treinador também lembrou que o time voltou a pontuar após três derrotas seguidas.

– Pela circunstância do momento que atravessamos, essa turbulência circunstancial, comemorar pelo retorno da boa atuação. Saímos na frente, com uma jogada individual o Cruzeiro conseguiu o empate. Não considero como dois pontos perdidos, muito embora a gente pudesse ter conquistado os três pontos. Valeu pelo retorno da confiança. Os maus resultados foram com atuações baixas. Hoje voltamos ao nível que estamos mais habituados a fazer, um ponto importante. Podemos comemorar ter voltado ao campeonato novamente, poder ter passado por essa tempestade – disse Roger.

Roger explicou uma mudança importante que fez no time titular. O treinador sacou Gilberto, artilheiro do clube na temporada, mas que atravessa jejum de oito jogos, e promoveu a entrada de Fernandão.

– Gilberto vinha instável, nos ajudou muito, ídolo do clube, mas acho que era justo que oferecesse uma oportunidade para o Fernando de iniciar o jogo. Ficou em campo 60 minutos, 70 minutos. Conseguiu fazer seu gol. Quando cansou, saiu. Justo que dê uma sequência, e o Gilberto passe a entrar a partir do banco. Quando cheguei, fiz um revezamento. Agora é tentar pegar o melhor momento. Motivação do atleta que teve menos oportunidade de ser titular, entrar e nos ajudar nessa reta final.

Roger também fez uma análise da queda de rendimento do Bahia no returno do Campeonato Brasileiro. O treinador criticou o calendário brasileiro e lembrou que não tem um grande elenco.

– A gente sabe que, principalmente se pegar esse recorte que os times estão oscilando, coincide com esse calendário apertado. É tão visível que não sei como não se organiza um campeonato melhor. Esse campeonato não é bom. Precisa mexer. Só que não parte dos profissionais do campo, dos clubes. Parte de quem organiza o campeonato. Se organizar, em dez anos o Brasileiro é uma das maiores ligas do mundo. Porém se faz esse arremedo de campeonato onde se disputa dez jogos em um mês. Era esperado. Não temos um grupo com tantos jogadores à disposição. Tem lesão, tem suspensão. A engrenagem do processo acaba se alterando. Já era natural. A gente sabia que poderia acontecer. As equipes que estão lá na frente, com elencos maiores, que podem rodar um pouco mais, acabam sentindo menos. Comemorar um ponto que fez a gente voltar ao campeonato.

Com o resultado, o Bahia caiu para a 10ª posição, com 42 pontos, a quatro do Internacional, clube que abre o G-7. O G-6 virou G-7 porque o Athletico, que já tem vaga na Libertadores, assumiu a 6ª posição.

– Hoje minha palestra foi diferente do que normalmente é. Normalmente reúno muitas informações coloco tabela, projeções dos resultados. Coloco árbitro, já desisti também porque para mim já indefere porque não está legal a questão da arbitragem brasileira. Fiz diferente e estamos fazendo jogo a jogo, sem criar expectativa. Foram cinco, seis rodadas que poderíamos ter entrado no G-6. Isso fruta o torcedor, frustra o atleta, vamos aposta em fazer jogo a jogo e no final ver o que podemos conquistar. Projetar que deseja algo maior. Sul-Americana foi ano passado. Libertadores pode virar G-8. Ainda tem muita água para passar. Torcedor muitas vezes fica frustrado, mas convido a refletir. Em nenhum momento brigamos na parte de baixo da tabela, sempre flertando com a parte de cima. Globoesporte