Foto: Letícia Martins/EC Bahia

Em meio a uma boa sequência na temporada, o Bahia sofreu um golpe duro na noite deste domingo ao ser eliminado na semifinal da Copa do Nordeste pelo CRB. Após empatar por 0 a 0 no tempo normal, o Tricolor perdeu por 8 a 7 nos pênaltis. Rogério Ceni lamentou as chances perdidas no jogo e o primeiro semestre sem títulos, mas elogiou o desempenho do time e negou uma “caça às bruxas”.

“Acho que foi um jogo que a gente deveria ter vencido, criamos para isso. Não adianta querer caçar bruxas”, afirmou Ceni.

– Tivemos boas jogadas, o goleiro fez uma grande defesa no final. Talvez não em um volume tão grande, mas boas chances. Faltou calma na decisão e um pouco de sorte. Jean Lucas finalizou na trave duas vezes. Isso faz diferença em um jogo eliminatório – completou o treinador.

Esse foi o segundo fracasso do Bahia em casa neste ano. No início de abril, perdeu o título para o rival Vitória ao empatar em 1 a 1 na Arena Fonte Nova. Mas apesar da exigência pelo investimento feito, o Tricolor tem boas campanhas para administrar na Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Os Esquadrão está nas oitavas do mata-mata nacional e é vice-líder do Brasileiro.

– Lamento muito não estar na final da competição. É sempre melhor estar na final, tem uma atmosfera melhor para trabalhar. Mas agora é parar, refletir, treinar. A dificuldade do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil é maior. Lamento não ter conseguido um título no primeiro semestre. Dentro da nossa programação era importante a conquista de um título.

O que faltou?

Como citado por Rogério Ceni, o Bahia criou as melhores chances do jogo, com duas bolas na trave de Jean Lucas e um gol perdido por Cauly cara a cara com o goleiro. Para Rogério Ceni, calma foi elemento que faltou para o Tricolor na noite deste domingo.

– Tentamos muitas coisas. Kanu construiu muito hoje. Juba também. A gente criou as oportunidades. Seja em bola parada, escanteio, bola na trave de Jean Lucas, cabeçada do Arias, a bola que Cauly fica cara a cara. O time deles jogou praticamente marcando o tempo todo e nós criamos boas oportunidades. Não sofremos defensivamente e criamos lá na frente. Só o Jean Lucas teve três boas oportunidades. Uma pena.

O CRB, por outro lado, soube se comportar na partida e assegurou o empate para levar a disputa para os pênaltis. Depois de sete cobranças, Caio Alexandre parou em Matheus Albino. Do outro lado, Maros Felipe errou o lado em todas as batidas do rival. Rogério Ceni, que já passou por cobranças de pênaltis na sua longa carreira, saiu em defesa do goleiro do Bahia.

– A gente treina [pênaltis]. Treinamos muito essa semana. Ele [Marcos Felipe] foi bem. Logicamente enfrentando jogadores que ele conhece mais. No pênalti, além da informação sobre o batedor, tem a percepção do goleiro também. Ele tem um treinador especial para isso. Ano passado já fez a diferença. Hoje infelizmente não aconteceu. A gente sabia que era difícil, mas tinha a percepção de que venceria no tempo normal. Infelizmente foi para os pênaltis e ele não pegou.

Futuro

Agora o Bahia tem a semana livre pela frente e volta para campo apenas no próximo domingo, quando visita o Atlético-MG pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. A partida está marcada para a Arena MRV, em Belo Horizonte, onde a bola começa a rolar a partir das 16h (de Brasília).

– Vamos trabalhar essa semana, descansar amanhã e treinar terça. Um jogo muito difícil. Se eu disser que vamos lá tomar conta do jogo, vai ser mentira. Sempre jogamos para vencer, mas vamos precisar suportar, é um time que joga em intensidade muito alta. Queremos fazer uma boa apresentação lá, mas isso não é garantia de sucesso. Estamos bem no campeonato brasileiro, mas vamos ter jogos muito difíceis. É até atípico conseguir quatro triunfos em seis jogos. Temos que pensar sempre no próximo jogo. A mentalidade é essa – concluiu o treinador. Globoesporte