Foto : Mateus Pereira/GOVBA

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), participou, junto com gestores de outros estados, de uma reunião virtual com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta terça-feira (8). De acordo com Rui, os governadores pediram celeridade na aprovação e registro das vacinas contra a Covid-19, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ainda segundo Rui, o ministro confirmou que o Brasil fará a compra das vacinas, à medida em que elas forem aprovadas e registradas.

“Nosso principal pleito é que esse registro seja feito com celeridade, assim que os laboratórios solicitarem, já que o Brasil, assim como outras nações, deve utilizar mais de uma vacina para imunizar a população. A Pfizer, por exemplo, acenou com a disponibilização de 70 milhões de doses para o Brasil, em um primeiro momento, sendo que cada indivíduo precisa de duas doses, e essa quantidade não cobre todos os brasileiros”, disse o governador, por meio de nota.

O governo da Bahia ainda não divulgou detalhes do plano de imunização contra a Covid-19. Apesar disso, Rui Costa já autorizou a montagem de uma rede de ultrafreezers de -80°C para que o estado esteja preparado para estocar vacinas, desde a última quinta-feira (3). O estado tem mais de 424 mil casos registrados da doença, sendo mais de 11 mil deles ativos, conforme o último boletim da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Capital tem plano de imunização

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), disse que a capital baiana já tem um plano de vacinação, e que está em contato com fabricantes para adquirir a vacina contra a Covid-19, caso precise fazer a compra de maneira independente. Na última sexta-feira (4), Neto disse que a vacina é uma prioridade para Salvador e afirmou que, caso não haja um consenso com o governo federal, com relação à distribuição das vacinas, a prefeitura pretende comprá-las. Ele também sinalizou que vai entrar em diálogo com o governador, para fazer essa compra.

“Infelizmente, o governo federal está atrasado no seu plano, está demorando para apresentar uma linha do que que vai ser a vacinação no Brasil, não dialoga com prefeituras e governos estaduais, o que é um absurdo, né? Então, a gente não vai ficar aqui parado esperando. Vamos colocar, caso seja preciso, dinheiro do município para comprar a vacina e acelerar o processo de vacinação da população. Quando a vacina chegar, no dia seguinte a gente vai estar preparado para começar a vacinar as pessoas, e eu espero, é claro, que não haja nenhuma polêmica que até eventualmente nos obrigue a ir à Justiça”, falou Neto, na sexta. G1