O cantor Wesley Safadão explicou o motivo pelo qual ele, sua esposa, Thyane Dantas, e sua assessora, Sabrina Tavares recusaram o acordo oferecido pelo Ministério Público do Ceará (MP-CE) na última quinta-feira (28). O acordo previa o pagamento de um valor em dinheiro para uma organização social como pena por furarem a fila da vacina. Caso fosse aceito, o acordo substituiria a punição penal pela reparação de danos, interrompendo a investigação.

O cantor diz que foi “mal orientado”, e que não teria publicado fotos nas redes se soubesse que estava cometendo um crime. “Me disseram que não tinha nenhum problema e eu acreditei”, explicou Wesley na sexta-feira (29). Ele afirma que um dos motivos para não ter aceitado o acordo foi o pagamento de quase R$1 milhão. Outra razão foi a confissão de culpa, que está entre as condições da “celebração de não persecução penal” solicitada pela defesa do próprio cantor no dia 14 de outubro.

Os três são investigados desde julho por furar a fila da vacinação. Em 8 de julho de 2021, Thyane Dantas furou a fila da vacina. Ela tinha 30 anos e, na época, o calendário municipal de vacinação previa a aplicação em pessoas com 32 anos ou mais. Já Wesley e a produtora estavam agendados para serem vacinados no mesmo dia no Centro de Eventos do Ceará, mas foram a outro posto de vacinação, num shopping.

As investigações do Ministério Público apontaram, ainda, que eles receberam ajuda de um amigo e ex-funcionário do artista para que ele tomasse a vacina contra a Covid-19 da Janssen e pudesse fazer shows nos Estados Unidos e México.