Uma audiência marcada para esta terça-feira (27), com o ex-prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado (PT), foi adiada para os dias 13 e 14 de fevereiro do ano que vem. Machado, que teve a liberdade concedida no dia 13 de novembro, seria interrogado em referência a contratos superfaturados com uma construtora de 2012 a 2016, período investigado na Operação Adsumus, do Ministério Público do Estado (MP-BA).

 

Segundo o promotor Aroldo Almeida, a companhia teria obtido cerca de R$ 9 milhões em contratos com a prefeitura, sendo que R$ 2,7 milhões seriam resultado de desvio. O motivo da suspensão da audiência ocorreu após a defesa do ex-prefeito alegar não ter acesso em tempo à delação do ex-vice-prefeito e ex-secretário de administração Leonardo Pacheco.

 

Além de Pacheco, já firmou acordo de delação o empresário Luiz Cláudio, o Poi, dono da Ayres Material de Construção. Nesta terça também seriam ouvidos o empresário Roberto Santana e a filha dele Rafaela Santana, representantes da construtora Grautech. Pai e filha são réus na Operação Adsumus no caso de pagamentos em contratos de material de construção. Os depoimentos de Pacheco, Poi, Roberto e Rafaela também foram adiados.

 

A Operação Adsumus, que investiga desvios de cerca de R$ 24 milhões em verbas públicas, ainda tem dois foragidos, um representante de uma locadora de veículos e um primo do ex-prefeito que seria uma espécie de “faz-tudo” para Machado. A Adsumus trabalha em cinco eixos de investigação: Aluguel de Veículos e Máquinas, Material de Construção, Combustível, Limpeza Pública, e Obras [este ainda está em análise por setores do MP]. Informações do Bahia Notícias