Foto: Farol da Bahia

O secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, confirmou que a capital baiana passa por um surto de gripe, nesta terça-feira (14). Só neste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registrou 56 casos de Influenza H3N2 no município. O período em que essas ocorrências foram registradas não foi detalhado. Em julho, a prefeitura abriu a vacinação contra a gripe para o público geral, mas a aderência à campanha foi baixa.

Léo Prates explicou que o plano de remobilização das Unidades Dedicadas ao Atendimento das Síndromes Gripais, os chamados gripários, está sendo avaliado, para desafogar a procura dos pacientes nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). “O nosso sistema é o mesmo. Eu sei que nossa população está sofrendo, e eu sou solidário, nós estamos fazendo o máximo, mas nós precisamos da colaboração da população. Esse surto de gripe poderia ser evitado, com a vacinação e o uso de máscaras”. Ainda não há previsão de quando o plano de remobilização dos gripários será colocado em prática.

Segundo o secretário, apesar do surto ainda não há um agravamento dos pacientes com gripe, por isso a medida mais urgente é testar as pessoas, para diferenciar quem está com Influenza A e quem está com Covid-19. “Nós apresentamos ontem ao prefeito todo o plano de remobilização. Nós não temos um cenário ainda de agravamento de pacientes, porém a nossa primeira estratégia é anunciar a ampliação da testagem, e todas as medidas que iremos adotar. Nós estamos acompanhando os dados”. Léo também alertou para infestação de dengue, pelo mosquito Aedes aegypti. Ele avaliou que três bairros têm índice de infestação preocupantes.

“Apesar de nós estarmos com o LIRAa [Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti] sob controle neste momento, no caso do índice geral da cidade, nós temos três bairros que já nos preocupam bastante, com destaque para Itapuã. O bairro de Itapuã, na minha visão, está em pré-surto. A cada 100 domicílios, há o índice de infestação de 11 casas. O índice normal de infestação é de 2,3”. “80% dos focos estão dentro das casas. As pessoas precisam limpar suas casas, retirar os vasilhames, porque se vier agora um surto de dengue, realmente vamos ver cenas ainda piores”, avaliou ele. G1