Foto : Rosinei Coutinho/SCO/STF

Um grupo de seis senadores iniciou um movimento de reação aos ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo afirma a jornalista Bela Megale em sua coluna no Jornal O GLOBO. Randolfe Rodrigues (Rede-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Marcelo Castro (MDB-PI), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Eduardo Braga (MDB-AM) e Simone Tebet (MDB-MS) formam o grupo que começou a visitar ministros do Supremo para prestar solidariedade.

As conversas tiveram início na terça-feira (26) com o ministro Edson Fachin, que recebeu alguns representantes desse grupo, e se estenderam até a noite de quarta (27). Também houve reuniões com os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e André Mendonça.

Nas encontros, a maioria dos magistrados mostrou incômodo com o sentimento de isolamento do STF e com a falta de defesa do Congresso à corte. Nas conversas, os ministros externaram a preocupação com que o presidente não reconheça uma eventual derrota e inviabilize as eleições.

Depois dos encontros com os ministros do Supremo, os senadores tiveram uma reunião de cerca de duas horas com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Na conversa, se comprometeram em respaldar os atos do presidente do Congresso em defesa da corte e das eleições e traçaram uma estratégia para reagir às ameaças de Bolsonaro.

Entre as ações definidas pelo grupo, está o convite a observadores internacionais para acompanhar o processo eleitoral do Brasil e o desenrolar do pleito de outubro, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Parlamento Europeu.

Aleém disso, manifestações públicas em apoio ao STF devem ganhar força nos próximos dias. O presidente do Senado também deve apresentar um projeto de lei para regular a concessão do indulto e da graça de maneira que tais benefícios não possam ser utilizados para perdoar crimes contra a ordem constitucional e o estado democrático.