O juiz Luiz Antônio Bonat assume, nesta quarta-feira (6), os processos em 1ª instância da Operação Lava Jato no Paraná.

Bonat ocupa a vaga de Sérgio Moro, que assumiu como ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. A juíza Gabriela Hardt, que estava comandando as ações penais desde a saída de Moro, volta a ser substituta.

A primeira audiência conduzida por Bonat na Lava Jato será nesta quinta-feira (7). Na nova função, ele deve julgar, pelo menos, 40 ações penais da operação.

Ao ficar na 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, onde tramitam os processos da Lava Jato, Bonat deixa a 21ª Vara Federal, também em Curitiba – especializada em casos da área previdenciária.

Bonat tem 64 anos e ingressou na magistratura em 1993. Ele trabalhou como servidor da Justiça antes de receber a toga.

Nascido na capital paranaense, ele se formou em direito em 1979, na Faculdade de Direito de Curitiba. O juiz tem especialização em Direito Público pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Um ano antes de se formar, ele começou a trabalhar como servidor da Justiça, passando pelas funções de auxiliar, técnico judiciário e diretor de secretaria.

Há 25 anos, Bonat assumia a 1ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ele também atuou na 3ª Vara Criminal Federal de Curitiba e na 1ª Vara Federal de Criciúma (SC).

O juiz já trabalhou no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em vários momentos da carreira em substituição a desembargadores.

Ele é coautor do livro “Importação e Exportação no Direito Brasileiro”, que tem como tema os crimes relacionados com o comércio exterior.

Em um vídeo institucional, Bonat chegou a classificar a Justiça Federal como parte da família. Ele é considerado por colegas como um juiz de perfil discreto.

Durante grande parte da carreira, Bonat julgou processos envolvendo matéria criminal.

Processo de escolha
Vinte e cinco candidatos se inscreveram para assumir a vaga deixada por Sérgio Moro. Bonat era o mais antigo entre os candidatos.

Apenas juízes da 4ª Região, que abrange do Sul do país, podiam participar da seleção. O nome de Bonat passou por julgamento pelo Conselho de Administração do TRF-4 segundo informações do G1.