Nomeado para presidir a Fundação Palmares, o jornalista Sérgio Camargo disse nesta última terça-feira (10) que não dará “suporte algum” para o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Segundo ele, a sua gestão trabalhará para “revalorizar” a princesa Isabel e o dia 13 de Maio, data da assinatura da Lei Áurea, que deu fim à escravidão.

“No que depender de mim, a Fundação Palmares não dará suporte algum a essa data (Dia da Consciência Negra). Vamos revalorizar o dia 13 de maio e o papel da princesa Isabel na libertação dos negros”, afirmou Camargo após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. O secretário de Cultura, Roberto Alvim, também esteve na reunião.

A nomeação de Camargo foi alvo de crítica do movimento negro. Nas redes sociais ele já afirmou que a escravidão foi benéfica e que o Brasil tem um “racismo nutella”. A Justiça Federal do Ceará suspendeu a nomeação do jornalista ao comando da Palmares. A Advocacia-Geral da União já apresentou recurso para reverter a decisão. Camargo disse que a decisão de afastá-lo é “absurda” e “política”.

“Claro que tem de acabar o Dia da Consciência Negra, uma data na qual a esquerda se apropriou para propagar vitimismo e ressentimento racial. Não é uma data do negro brasileiro. É uma data de minorias empoderadas pela esquerda, que propagam ódio, ressentimento e divisão racial”, disse Camargo na terça. Ele ainda afirmou que nunca negou a existência do racismo no Brasil. “É uma deturpação das minhas postagens nas redes sociais.” Informações do R7