Foto : Valter Pontes / Secom

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), afirmou que vai anunciar nesta quinta-feira (1º) os protocolos para retomada das atividades econômicas não essenciais na cidade, marcada para o próximo dia 5 de abril. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta (31) disse que a tendência é de que a prefeitura autorize a reabertura de todos os setores parados, e não apenas de alguns de alguns específicos. Mesmo com a ocupação de leitos de UTI acima dos 80% na capital – nesta manhã, a taxa está em 81% -, Bruno defende que há condições de reabrir o comércio, que sofre medidas restritivas desde 26 de fevereiro.

“O risco de abrir para depois fechar [as atividades] é menor. Hoje, temos vacina, 12% das pessoas da nossa cidade já foram vacinadas com a primeira dose. E temos também uma margem de manobra. Então, temos como fazer um teste. Sempre trabalhamos com um patamar de 20% de segurança. Hoje, nossa ocupação de leitos de UTI está em 81%”, afirmou a jornalistas durante apresentação de medidas para estimular a economia. Ainda segundo o prefeito, a taxa de transmissão do coronavírus na cidade está 0,84, o que indica que os níveis de contaminação estão controlados.

Questionado sobre se o feriado da Semana Santa poderia gerar uma nova alta de casos, o que poderia pressionar de novo o sistema de saúde, o prefeito discordou da possibilidade. “Nesta semana a gestão municipal decretou medidas ainda mais restritivas para conter aglomerações e a contaminação pelo novo coronavírus, só estão funcionando atividades extremamente iniciais. Foi suspenso também o transporte intermunicipal, então a expectativa é de que os números caiam ainda mais até o dia 5.”

Bruno também negou ter anunciado a retomada das atividades por causa de pressões de empresários e garantiu que a decisão foi tomada com anuência de técnicos da gestão. “Não houve pressão de ninguém, sempre disse que não pautaria minhas decisões por qualquer pressão que ocorresse. Minhas decisões são guiadas pelos especialistas que me acompanham, principalmente os trabalhadores da saúde.” (Bahia Notícias)