A entrevista coletiva de Tite durou 36 minutos na sala de imprensa do Mineirão, antes de Brasil x Argentina. O técnico da Seleção se recusou a anunciar a escalação e manteve a dúvida entre Filipe Luís, em recuperação de dores na coxa direita, e Alex Sandro. Além disso, disse que é impossível anular um jogador como Messi e comentou, é claro, o retorno da Seleção ao palco do 7 a 1 sofrido diante da Alemanha na Copa do Mundo de 2014.

Tite minimizou o papo sobre “fantasma do Mineirão”, abordado mais de uma vez . Preferiu enaltecer o apoio que a Seleção tem recebido do torcedor mineiro em seus deslocamentos do hotel para os treinamentos. Para ele, o maior nessa Copa América.

– Se a torcida puder trazer todo o carinho que tem dado quando chegamos ao hotel para o estádio vai deixar a mim e a todos os atletas gratificados e fortalecidos (…) Nós perdemos aqui, ganhamos da Alemanha em 2002 e fomos campeões, perdemos em 1950 do Uruguai no Maracanã. Pegamos a história e escolhemos que capítulo queremos. O que temos é o momento, um grande clássico no lugar, talvez, que tivemos mais carinho do torcedor.

– (Belo Horizonte) foi o lugar de maior carinho, maior empatia. Mais que Porto Alegre, que é minha terra – disse Tite. Com o mesmo critério, o técnico diminuiu o fato de ter comandado a Seleção na vitória por 3 a 0 sobre a Argentina, no mesmo Mineirão, em 2016, e falou sobre a rivalidade das equipes.

– A gente só rivaliza com quem admira. Com quem não tem qualidade, não rivalizamos. Brasil e Argentina entram em campo nesta terça-feira, às 21h30, pela semifinal da Copa América. A principal dúvida é se o lateral-esquerdo Filipe Luís, ainda se recuperando de dores musculares na região posterior da coxa direita, será titular ou dará vez a Alex Sandro.

Ele participou do treino, horas antes da entrevista de Tite, que confirmou ter tido todos os convocados em campo, incluindo o atacante Richarlison, recuperado de caxumba, e o volante Fernandinho, ainda sofrendo com dores no joelho direito.

– Sobre Filipe Luís eu não vou falar. Eu sei a escalação, mas não falo. Hoje tivemos condições de trabalhar com todos os atletas. Durante a coletiva, é claro, surgiram perguntas sobre Messi. O treinador afirmou que não há como anular alguém com tamanho talento.

– A gente falou não só da individualidade da Argentina. Cresceu em termos coletivos também. O coletivo potencializa a individualidade. Não se anula Messi. Não. Pode-se diminuir as ações dele. Mas não pode se neutralizar as ações dele. Assim como não neutraliza-se Coutinho. Firmino, David Neres. Eles vão, em algum momento, ser decisivos. Globoesporte