Treze anos após o menino Joel, de 10 anos, ser morto com um tiro na cabeça em Salvador, o policial militar e o ex-policial militar, réus do caso, passarão por júri popular nesta segunda-feira (6). O julgamento vai contar com sete jurados e não tem data para ser finalizado. O caso aconteceu em novembro de 2010, no bairro do Nordeste de Amaralina. A criança estava dentro de casa, se preparando para dormir, quando foi atingida com um tiro na cabeça.

Na ocasião, a Polícia Militar informou que fazia uma operação na comunidade e trocava tiros com suspeitos, mas testemunhas afirmaram que os agentes já entraram no Nordeste de Amaralina atirando. Joel da Conceição Castro tinha 10 anos e vivia com a família em uma casa no bairro do Nordeste de Amaralina, na capital baiana.

Filho do capoeirista Joel Castro, conhecido como Mestre Ninha, o garoto era apaixonado pelo esporte e sonhava em seguir os passos do pai. No mesmo ano em que morreu, Joel havia estrelado uma propaganda do governo da Bahia para promover o turismo no estado. No vídeo, ele aparecia lutando capoeira. No mês em que Joel foi morto, ele e os colegas capoeiristas se preparavam para uma série de apresentações na Itália, no início de 2011. G1