Onze suspeitos de assaltos a bancos foram mortos pela Polícia Civil em Santana do Ipanema, em Alagoas, ontem (8). Eles estavam com grande quantidade de explosivos, armamento pesado e dinheiro roubado do Bradesco de Águas Belas, em Pernambuco. Os bandidos estavam escondidos em uma casa no sertão de Alagoas. Eles também agia na Bahia e há suspeita de que baianos estejam entre os mortos.

 

O delegado Fábio Costa afirmou que entre os mortos na Operação Cavalo de Troia estavam três explosivistas. “Eles praticavam assaltos em diversos estados do Nordeste. Se juntavam e iam praticar assaltos na Bahia, em Sergipe, em Pernambuco. Temos imagens que comprovam que alguns deles praticaram assalto a um shopping em Campina Grande”, afirmou o delegado.

 

De acordo com o delegado, o grupo foi flagrado na casa quando esperava a “poeira baixar” para fugir depois de assaltar o banco pernambucano. “A casa geralmente é utilizada para divisão do dinheiro e para esperar como eles chamam 'a poeira baixar'. (Eles) sabem que a polícia fica circulando. Eles esperam chegar o anoitecer do próximo dia para poder se evadir do local. Conseguimos chegar antes desse momento e fazer o cerco”, afirma.

 

Segundo Costa, quando a voz de prisão foi dada, os bandidos reagiram e houve tiroteio. Todos os 11 foram baleados e morreram. “A gente já estava no encalço desses indivíduos desde as últimas ações, a exemplo de Igreja Nova, tanto é que três que estavam ontem naquele grupo participaram do evento também em Igreja Nova e estavam com mandado de prisão em aberto. Avançamos as investigações logo após o evento de Águas Belas nós nos deslocamos até o sertão do estado, com equipes da Deic, Tigre e do grupamento aéreo, conseguimos fazer o cerco na residência em que os criminosos estavam escondidos, esperando as coisas se acalmarem para retornarem a seus respectivos estados”, acrescenta.

 

Costa diz que agora será feito o trabalho de identificação de todos os suspeitos mortos. “Estamos recebendo informações de diversas Polícias Civis de todo Nordeste e também da Polícia Federal dando conta das ações desses indivíduos. A ação acabou tirando de circulação esses indivíduos que aterrorizavam municípios de todo nordeste brasileiro”.

A Ordem dos Advogados da Bahia (OAB) de Alagoas informou que vai acompanhar o caso. “O fato nos chamou a atenção pela quantidade de pessoas mortas, quando eu vi a notícia eu já pensei em solicitar o ofício, porque é uma situação que requer alguma informação a mais do que aconteceu para sabermos o que resultou nas mortes”, falou o presidente da Comissão da OAB-AL, Ricardo Moraes. A Corregedoria Geral da Polícia Civil disse que ainda não foi solicitada nenhuma investigação, mas que o procedimento já é padrão em casos de mortes em confronto.