O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), voltou a defender a sua proposta de orientar a polícia do estado a atirar em todo e qualquer potencial criminoso que esteja nas ruas da cidade portando um fuzil, durante entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada ontem (1º). Para Witzel, não é necessário que a pessoa esteja mirando ou ensejando alguma ameaça com a arma para que os policiais atirem.

 

“O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e fogo! Para não ter erro”, disse Wilson Witzel. Ex fuzileiro Naval e ex-juiz federal, ele foi eleito no segundo turno da eleição para o comando do Rio de Janeiro, com 4.675.355 votos, o equivalente a 59,87% do total, derrotando o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM).

 

Questionado sobre casos já ocorridos, sobre pessoas que assassinadas enquanto portavam furadeiras ou guarda-chuvas, confundidos com fuzis, o governador eleito afirmou que “quem atirou é um incompetente” e que vai preparar os agentes para agir em situações como essas em todo o estado segundo informações da Veja. “Não estava preparado. Se fizer um curso de “sniper”, vai estar preparado para identificar quem está de guarda-chuva”

 

Witzel defende a adoção de tecnologias de reconhecimento facial, com o uso de drones e câmeras de monitoramento no estado, espera a aprovação de uma legislação que flexibilize o Estatuto do Desarmamento e facilite o porte de armas, e quer mudar a orientação oficial sobre assaltos, que comenda que a vítima não reaja. “Mas ele deixa vivo? Será? Eles hoje estão atirando na cabeça. O bandido está impiedoso. Ele pega e mata”, criticou.