Até esta última quarta-feira (12), a dois dias do prazo para a entrega de documentação do programa Mais Médicos, 459 profissionais já se apresentaram nas unidades de saúde para as quais foram destinados na Bahia. A informação foi divulgada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). De acordo com a Sesab, dos 459 que já entregaram a documentação, 286 já começaram a trabalhar nas unidades de saúde.

 

Outros 173 profissionais ainda não iniciaram as atividades, por motivos pessoais, mudança ou prazo de desligamento de outro vínculo. Ainda conforme a Sesab, outros 350 médicos garantiram vagas, mas ainda não compareceram nas unidades de saúde para entregar os documentos necessários. O prazo para a apresentação vai até a próxima sexta-feira (14).

 

De acordo com o Ministério da Saúde, das 8.517 vagas disponibilizadas em todo o Brasil, 106 não foram ocupadas. Na Bahia, das 853 vagas ofertadas, 5 ficaram disponíveis, segundo a Secretaria da Saúde. Contudo, até esta quarta-feira, das 848 ocupadas, 7 voltaram a ficar livres, porque 2 médicos não concordaram com as condições normativas do programa e 5 não possuíam documentação necessária para participar dele.

 

A incrição para o primeiro edital do programa Mais Médicos foi realizada até o dia 7 de dezembro. Ainda de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), dos 459 médicos que já se apresentaram nas unidades de saúde, 243 pertenciam à assistência básica de cidades da Bahia e deixaram os locais para assumir cargo no programa em outros municípios.

 

Com isso, até o final das adequações do Mais Médico, segundo a Sesab, algumas cidades do estado devem ter déficit de médicos, porque, com as mudanças, alguns municípios podem ter mais saída de profissionais que chegada.

 

“Infelizmente, os municípios e as pessoas serão os mais prejudicados. Os municípios, porque terão que contrastar médicos diretamente, mas agora com uma base salarial maior, pois o PMM [Programa Mais Médicos] produziu um piso para os médicos da Atenção Básica. Para a população, sobrará a desassistência, se considerarmos a condição financeira dos municípios e a disponibilidade de médicos para a AB [Atenção Básica]”, explica o diretor de atenção básica da Sesab, Cristiano Soster.