Agência Senado

De acordo com o Metrópoles, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, determinou que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro defina, em 24 horas, a condição em que o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis prestará depoimento. Reis é ex-integrante da equipe de Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e foi preso em operação da Polícia Federal em maio deste ano, na investigação sobre fraudes no cartão de vacina da família Bolsonaro.

Ainda segundo o Metrópoles, Reis também é apontado como o responsável por sacar dinheiro vivo para pagar contas da então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de depositar mais de R$ 70 mil para Mauro Cid, de acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Na sessão de 3 de agosto, a CPMI aprovou diversos requerimentos para a convocação do militar. A defesa alega que, nos documento aprovados, consta a informação de que Luís será ouvido na condição de testemunha. Mas, para os advogados do militar, “o conteúdo das justificativas de convocação não deixa nenhuma dúvida sobre sua condição de investigado”.

A reportagem do Metrópoles, aponta ainda que os argumentos apresentados pela defesa constam em um pedido da defesa ao STF para que o militar tenha o direito constitucional de ficar em silêncio durante o depoimento. Mas, de acordo com a ministra Cármen Lúcia, para que a solicitação seja analisada, é necessário que a CPMI explique com clareza a condição sob a qual Luís será convocado. Bahia.Ba