Foto: Sandra Travassos/ALBA

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes, instalou ontem o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa. “Pela segunda vez tivemos uma situação envolvendo a Polícia Federal e um deputado integrante desta Casa. Precisamos fazer uma apreciação do ocorrido. Como a Oposição e a Situação indicaram seus parlamentares no Conselho, após a publicação desses nomes, amanhã já podemos fazer uma reunião”, convocou Adolfo Menezes.

No dia 27 de fevereiro deste ano, o chefe do Legislativo estadual convocou os líderes do governo e da oposição, respectivamente os deputados Rosemberg Pinto (PT) e Alan Sanches (UB), para que indicassem os nomes das suas bancadas. No dia 13 de março foram indicados os três nomes da oposição — Sandro Régis (União), Samuel Jr. (Republicanos) e Tiago Correia (PSDB); Já no dia 09, foram indicados os cinco governistas — Alex da Piatã (PSD), Antônio Henrique Jr. (PP), Euclides Fernandes (PT), Marcelino Galo (PT) e Vitor Bonfim (PV). O deputado Marcinho Oliveira (União Brasil), apesar de estar na oposição, também foi indicado pela base governista.

De acordo com o regimento interno da ALBA, cabe à Comissão de Ética “examinar as condutas puníveis e propor as penalidades aplicáveis aos Deputados submetidos ao processo disciplinar previsto neste Código”. Ao grupo compete dar às seguintes penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou incompatível com o decoro parlamentar: I – advertência; II – censura, verbal ou escrita; III – suspensão de prerrogativas regimentais; IV – suspensão temporária.

O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) é investigado por suposto envolvimento com o crime organizado. A instalação se dá após muita pressão e a prisão da esposa de Galinha, Mayana Cerqueira da Silva. Em nota, o parlamentar nega as acusações. “O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) se manifesta para afirmar que está à disposição da Justiça para esclarecer os fatos envolvendo seu nome e de familiares na operação denominada de ‘El Patron’, deflagrada pela Polícia Federal. Binho Galinha ressalta, ainda, que tem acompanhado os desdobramentos das investigações com tranquilidade e colaborado com o Poder Judiciário. Nesta terça-feira, durante mais uma fase da operação, o deputado Binho Galinha volta a afirmar que jamais praticou os crimes que estão sendo lhe atribuídos e que vai provar sua inocência na Justiça”, diz nota. Tribuna da Bahia