Os advogados do presidente eleito Jair Bolsonaro apresentaram nesta quarta-feira (21) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma nova retificação das contas de campanha. A diplomação de Bolsonaro está marcada para 10 de dezembro, e o TSE precisa julgar as contas antes disso. Segundo a área técnica do tribunal, foram encontradas 23 “inconsistências” na prestação. A primeira retificação foi apresentada ao TSE no último dia 16.

 

Na segunda retificação, entregue na quarta, a defesa de Bolsonaro incluiu uma viagem do vice-presidente eleito, general Mourão, ainda como candidato, em um avião do candidato a deputado Paulinho Vilella (PSL), em setembro. O uso da aeronave para a campanha não havia sido incluído na prestação de contas de Mourão por “equivocada interpretação das normas”.

 

De acordo com a Folha, Mourão viajou de Brasília a Cascavel em setembro para o lançamento da campanha do produtor rural em uma aeronave pertencente a Serafim Meneghel, usineiro do Paraná, mas não declarou o gasto à Justiça Eleitoral. Ao TSE, os advogados argumentam que o vice-presidente eleito não comunicou a viagem por acreditar que estaria “regular a informação prestada apenas nas contas do candidato do Paraná.

 

A defesa afirmou, ainda, que a retificação pode ser feita voluntariamente em caso de erro material, desde que detectado antes do pronunciamento técnico, o que ainda não ocorreu. Por isso, pede novamente a aprovação das contas da chapa. Após parecer da área técnica sobre o tema, o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, terá que submeter o procedimento a julgamento no plenário do tribunal eleitoral. Ainda não há data marcada para o TSE analisar o caso.