Agência Senado

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) querem aproveitar a reforma ministerial de abril, quando ministros sairão do governo para disputar as eleições, para emplacar em cargos estratégicos senadores negacionistas que integraram a tropa de choque do governo na CPI da Covid. Dois senadores que protagonizaram a defesa do presidente na CPI, Marcos Rogério (PL-RO) e Luis Carlos Heinze (PP-RS), estão cotados para assumir, respectivamente, a Secretaria de Governo e o Ministério da Agricultura.

Hoje, a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política, está ocupada por Flávia Arruda – que deve deixar o cargo para disputar as eleições. Tereza Cristina, ministra da Agricultura, pode deixar a pasta para disputar uma vaga no Legislativo ou, se o centrão conseguir, emplacar na vice de Bolsonaro. As mudanças estão sendo discutidas por lideranças do governo no Congresso junto ao Palácio do Planalto.

Marcos Rogério, por exemplo, está também cotado para a liderança do governo no Senado caso Alexandre Silveira não aceite o convite para o posto. Silveira, suplente de Antonio Anastasia que toma posse hoje no TCU, é do PSD – e o partido é contra ele assumir a vaga pois não quer o partido vinculado ao governo Bolsonaro em ano de eleição. Por Andréia Sadi/G1