© Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, afirmou nesta última sexta-feira (3) que um possível adiamento do “Enem dos Concursos”, cujas provas estão marcadas para o próximo domingo (5), custaria R$ 50 milhões.

Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, do Canal Gov, Pimenta acrescentou que os ministros do governo Lula vão se reunir nesta sexta para debater uma saída “jurídica” para o Concurso Nacional Unificado (CNU), diante das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul.

“A possibilidade de adiamento do concurso tem um custo de R$ 50 milhões. São mais de 2,5 milhões de inscritos em todo o país. A princípio, a ideia de suspender o concurso só para o Rio Grande do Sul, do ponto de vista jurídico, é muito questionável. A hipótese que existiria é a suspensão total do concurso. A não ser que haja alguma decisão judicial nesse sentido”, disse Paulo Pimenta.

Até as 10h30 desta sexta-feira, a Defesa Civil contabilizava 32 mortos e 74 desaparecidos no estado gaúcho. O Ministério da Gestão informou na noite de quinta-feira (2) que o governo decidiu manter a aplicação da prova para este domingo em todos o país, mesmo diante da situação de calamidade no Rio Grande do Sul.O governo Lula, inclusive, reconheceu estado de calamidade pública na unidade da federação.

Paulo Pimenta lembrou que 86 mil pessoas se inscreveram para fazer a prova no Rio Grande do Sul. Os exames estão previsto para ocorrer em 10 cidades do estado. Algumas das localidades estão em áreas de situação de emergência. Outras não têm impedimento de acesso.

“Temos cerca de 21 mil inscritos no Rio Grande do Sul fora de cidades onde vai acontecer o concurso. Destas 21 mil pessoas, cerca de 6 mil estão em cidades em situação de emergência ou sem acesso às cidades onde ocorrerão a prova. No decorrer da manhã vamos nos debruçar sobre isso”, disse.

“O compromisso do governo que ninguém seja prejudicado. Ninguém pode deixar de participar do concurso porque está numa cidade em situação de emergência ou está numa cidade em que o bloqueio impede acesso à cidade onde vai ter a prova”, completou Pimenta.

Segundo o ministro, o governo busca uma solução jurídica para não comprometer a situação dos mais de 2,6 milhões de inscritos em todo país. Ele lembra que muitas pessoas já se deslocaram para as cidades onde realizarão os exames e que os cadernos de prova já foram enviados aos estados. Após anunciar nesta quinta-feira a manutenção da data das provas, o governo lembrou que os candidatos podem pedir o valor da inscrição de volta em caso de desastre natural. G1