Na mira da Polícia Federal (PF) pelo caso das joias sauditas, Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é personagem conhecido pelo caso Fabricio Queiroz.

Mas Wassef tem ideia fixa com um outro caso: o assassinato do miliciano Adriano da Nóbrega, que morreu em confronto com a polícia na Bahia, em fevereiro de 2020.

Desde a morte de Nobrega, Wassef diz ter “provas” de como a morte do miliciano seria parte de uma “armação”. Sem apresentar as evidências, o advogado repete a afirmação sempre que fala desse caso. Há três anos, em junho de 2020, ele disse a mesma coisa ao blog, por exemplo.

Em 2020, o site Metrópoles revelou que a viúva de Adriano foi procurada por Wassef quando o miliciano estava foragido, e também depois de sua morte.

Segundo o portal, a viúva relatou que Wassef insistiu para que ela abraçasse sua teoria para explicar a morte de Adriano, de que o miliciano havia sido assassinado por policiais do Rio de Janeiro a mando de políticos.

Wassef, agora, também pode dar detalhes à Polícia Federal sobre sua “ideia fixa” e explicar se os contatos com a viúva de Adriano aconteceram – e por quê.

Quatro meses após a morte de Adriano da Nóbrega, Wassef disse que investigava o entorno de Flávio para “defender os interesses” do seu cliente.

Na ocasião, em entrevista ao blog, ele afirmou que era uma “farsa” que Adriano da Nóbrega fosse miliciano. Disse, ainda, que havia uma “teia” para “amarrar” Adriano a Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, pivô do “escândalo das rachadinhas”. Wassef atuou na defesa de Flávio Bolsonaro no caso.

A entrevista ao blog foi concedida um dia antes de Wassef deixar a defesa de Flávio, após Fabrício Queiroz ser preso na casa do advogado em Atibaia (SP).

O ex-assessor de Flávio morou por cerca de um ano na casa de Wassef em Atibaia, segundo um dos caseiros da residência informou à Polícia Civil. Na época, Wassef afirmava que não sabia onde estava o ex-assessor. G1