Alvos de uma operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (11), o deputado federal Benito Gama (PTB), que não conseguiu se reeleger, e o senador Aécio Neves (PSDB), que foi eleito para a Câmara dos Deputados, fizeram uma aliança no ano de 2014 após uma briga do baiano com as bancadas de partido. Na época, Benito era presidente nacional do PTB e decidiu apoiar Aécio na corrida presidencial.

 

À época, o então vice-líder do PTB na Câmara dos Deputados, Josué Bengtson (PA), criticou duramente a posição de Benito Gama de apoiar o tucano para presidência da República. “Ele caiu de paraquedas na presidência do partido e agora toma uma decisão dessas sem nos consultar? É hora de dialogar”, afirmou o deputado ao jornal Estado de São Paulo.

 

Também líder do PTB na Câmara no período, Jovair Arantes, condenou a atitude de Benito Gama. “Na política, o que vale é a palavra e havíamos falado em apoio a Dilma em almoço da Executiva. Não fomos consultados para mudar a posição e decidimos não ir à convenção nacional para não chancelar uma decisão que já havia sido tomada sem nos ouvirem”, declarou. Aécio Neves comemorou o apoio que recebeu segundo o Bahia Notícias.

 

“Recebi agora um comunicado do presidente do PTB, Benito Gama, que se soma a nós. O PTB expressa um sentimento que é majoritário na sociedade brasileira por mudanças”, salientou. A operação desta terça batizada de Ross é baseada em delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos da JBS. A empresa na campanha de 2014 fez doações para Aécio Neves e Benito Gama. O baiano recebeu R$ 284 mil.