EC Bahia

O Bahia venceu por 3 a 1 o encontro com o Tombense, válido pela 28ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O placar confortável poderia até ser elástico, não fossem os gols perdidos por Davó e Ricardo Goulart, que acertou o travessão duas vezes, em noite onde o ataque tricolor teve atuação inspirada.

Sendo forte na bola parada e com mecanismos para atacar pelos lados do campo, o Bahia foi sempre perigoso do meio para frente. E aí nem o susto de sair atrás do placar atrapalhou a noite de quem esteve na Arena Fonte Nova e viu o time conseguir uma justa virada no segundo tempo.

Sem laterais-esquerdos de origem para a partida contra o Tombense, Enderson Moreira surpreendeu ao improvisar Rezende no setor. Ainda antes da partida, o treinador justificou a escolha: queria um canhoto por ali.

Quando a bola rolou, o que se viu foi um Rezende discreto com a bola nos pés, preocupado apenas em marcar. Quando a posse era do Tricolor, ele fazia uma linha de três ao lado dos zagueiros Ignácio e Gabriel Xavier.

Enquanto isso, Marcinho era liberado para atacar em profundidade pela direita. Portanto, era por aquele lado que o Tricolor tinha maior volume de jogo.
A faixa esquerda do ataque do Bahia foi primeiro ocupada por Ricardo Goulart e Mugni, que se revezavam em cair por aquele setor. E foi por ali que o Bahia criou as primeiras chances. Uma em finalização de Goulart; outra em passe do argentino para Davó.

Depois foi Jacaré quem passou a ocupar mais o setor. As movimentações de Mugni e Goulart eram as melhores armas do Bahia na Fonte Nova. O Tricolor conseguia chegar com mais perigo por onde estava a dupla. Aos 20 minutos, o argentino foi para o lado direito e cruzou rasteiro para Goulart, que pisou na área e acertou o travessão pela segunda vez na partida.

Se o bom início do Bahia resultou em várias finalizações e nenhum gol, o Tombense só precisou ir ao ataque uma vez para abrir o placar. Renatinho carregou pela direita e passou para Rodrigo, que achou Galdino nas costas de Ignácio para marcar.

Embora as melhores chances do Bahia tenham saído antes do time sofrer o gol, o cenário não mudou depois que os visitantes abriram o placar. O Tricolor seguiu no campo de ataque e foi recompensado por isso logo no começo da segunda etapa.

E o destaque do time seguiu sendo Lucas Mugni. Quando Edinei tocou com a mão na bola dentro da área, o argentino foi até a marca da cal e converteu a importante cobrança de pênalti. Três minutos depois, ele encontrou Jacaré na segunda trave para confirmar a virada tricolor.

Finalmente à frente do placar, o Bahia viu o jogo mudar de cenário e passou a ter também outra postura em campo. Era hora de explorar os contra-ataques. Copete entrou no lugar de Ricardo Goulart e marcou o terceiro, depois de receber ótimo passe de Daniel – outro em grande noite no setor ofensivo.

O gol de Copete deu números finais ao jogo e veio só aos 40 minutos, depois do Tricolor ter criado e perdido outras oportunidades. Ignácio quase marcou de letra depois de escanteio cobrado por Mugni e Davó também teve chances em jogadas de contra-ataque.

Depois de meses em que se falou muito sobre alinhar performance e resultado, dá para dizer que, na noite de sábado, o torcedor do Bahia viu as duas coisas na Fonte Nova. E mais, viu também adversários diretos tropeçarem, o que deixa o atual vice-líder da Série B, cada vez mais perto da Série A.

O Bahia agora se prepara para uma sequência de jogos fora de casa contra Criciúma e Sport. O primeiro deles está marcado para a próxima quinta-feira, às 19h (de Brasília), no Estádio Heriberto Hülse, em Santa Catarina. Globoesporte