Anitta foi alvo de intolerância religiosa, crime previsto na Lei 9.459, de 1997, nas redes sociais na terça-feira (14) após divulgar um registro vestindo roupas tradicionais de Candomblé. A religião da Poderosa não é um segredo para quem acompanha a artista, mas pela primeira vez a cantora se sentiu a vontade para divulgar fotos no terreiro que frequenta ao lado de seu pai de santo. “Encerrando o ano. Te amo meu pai”, escreveu. O único registro foi suficiente para que internautas relacionassem o sucesso da funkeira a algum trabalho que Anitta poderia ter feito para alcançar o ponto alto da fama.

“Tá explicado de onde vem o sucesso dela…”, escreveu um. “Nunca foi sorte, sempre foi De… não, espera; Sempre foi macumba”, apontou outro. “Essa tá carregada (emoji que representa o diabo)! Por isso é fama toda”. Esta não é a primeira vez que Anitta é atacada por sua religião. Em novembro de 2020, a artista foi “acusada” de ter raspado a cabeça por conta do Candomblé. A história foi divulgada no Twitter por um jornalista, sem mencionar o nome dela, mas dando indícios de que seria a Poderosa.

“Mas não por saúde, e sim por religião. Ela deitou para o santo novamente e raspou a cabeça. Desde então só usa perucas. A desculpa que dá por seus cabelos artificiais é sua ‘nova investida no mercado gringo'”. Ao tomar conhecimento da história, Anitta repudiou a intolerância religiosa por meio de sua assessoria de imprensa e explicou sua posição no Candomblé.

“Devido às especulações na imprensa de que Anitta raspou seu cabelo para cumprir compromissos religiosos, viemos a público afirmar que a informação não é verdadeira. A cantora, praticante do Candomblé, é uma ‘Ekedi’ em sua religião. As Ekedis são suspensas para a iniciação, não precisando raspar a cabeça em sua preparação para servir aos Orixás. Seja ela qual for, e acredita que tais especulações retratam um Brasil ainda repleto de discriminação e preconceito religioso. Mais uma vez a bpmcom lamenta que a imprensa não cumpra sua obrigação para com a verdade e apure os fatos antes de publicá-los”.