EC Bahia

O Bahia garantiu classificação para a segunda fase da Copa Sul-Americana ao bater o Nacional-PAR, na noite desta quarta-feira, pelo placar de 3 a 1. O Tricolor já havia vencido o rival paraguaio por 3 a 0 na Fonte Nova, o que, no agregado dos dois jogos, resultou em um placar de 6 a 1.

Um dos fatores que ajuda a explicar o bom saldo construído pelo Bahia nas duas partidas é o novo esquema tático adotado por Roger Machado. Após ser eliminado da Copa do Brasil ainda na primeira fase e perder o clássico para o Vitória, o treinador abriu mão de Daniel e escalou a equipe com três atletas de velocidade atrás de Gilberto. Élber, que costumava jogar na ponta, passou a atuar mais centralizado. Mas o sistema tático deu certo não apenas contra o Nacional-PAR. Desde que a estratégia foi adotada, o Bahia marcou outros quatro gols contra Ceará e CSA, pela Copa do Nordeste, o que totaliza 10 gols em quatro partidas.

No Paraguai, logo após a partida contra o Nacional-PAR, Roger Machado avaliou a nova formação do Bahia.

  • Não digo uma postura diferente. Nós podemos até estar jogando numa formação diferente. A postura sempre foi a mesma, sempre buscando a vitória. Por vezes, você não tem êxito na estratégia, o adversário é superior, como foi em alguns momentos. Mas essa nova formatação, como diz o Élber, nós já vínhamos treinando. Oportunamente, lançamos mão. Deu uma caraterística de jogo diferente, que nos permitiu ser mais ofensivos e ainda conseguir ter uma manutenção defensiva, sofrendo poucos gols. Um triunfo e a classificação que, talvez, nós tenhamos conseguido no jogo de ida, pelo bom desempenho que a gente teve.

Na partida desta quarta-feira, Roger perdeu Clayson ainda no primeiro tempo, após o atacante se queixar de dores no joelho direito. Outro atleta que foi substituído foi Gilberto, que balançou as redes duas vezes no Paraguai. A mudança do centroavante, contudo, já estava nos planos da comissão técnica.

  • A gente já tinha conversado no intervalo, tinha perguntado como ele estava. Ele estava bem. Mas, dentro do planejamento que a gente fez, eu queria poder dar um pouco mais de tempo em campo para o Fernandão. Então, aos 10 minutos, fiz a troca. Gilberto já tinha participado bastante. E é importante também para a questão da gestão do grupo, dar oportunidade para um outro atleta que tem nos ajudado sempre que solicitado. Hoje deu para ver que todo mundo estava querendo oferecer a bola para o Fernando, para que ele pudesse marcar seu gol. Por pouco, não saiu.

Com a vitória sobre o Nacional-PAR, o Bahia encerrou o tabu de nunca ter vencido uma partida oficial fora do Brasil. Roger Machado celebrou a marca e contou que escondeu o dado dos jogadores para não trazer uma pressão indesejada sobre o grupo.

  • Fiquei sabendo antes do jogo que ainda não havíamos vencido em competições internacionais fora do país. Não quis passar para os atletas, para não levar mais um peso para dentro do campo. Mas, claro que nós ficamos muito felizes com um triunfo. E uma classificação que mostrou, de fato, a superioridade do nosso time nos dois confrontos.

O próximo adversário do Bahia na Sul-Americana será definido por sorteio. Com os dois triunfos sobre o Nacional-PAR, o time baiano assume boa posição para evitar um confronto direto contra as equipes vindas da Libertadores da América na segunda fase.

Pelo regulamento, as seis melhores campanhas da primeira fase da Sul-Americana ficam no mesmo pote de sorteio das equipes vindas da Libertadores. Globoesporte