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Não é segredo para ninguém que o maior desejo da torcida do Bahia na última janela de transferências era um camisa nove. Todos sabiam disso. Inclusive Everaldo, o atual camisa nove do Tricolor. Escolhido para entrevista coletiva na reapresentação do elenco nesta quarta-feira, o atacante contou como foi conviver com essa pressão nos último mês.

É uma coisa que foge do meu controle. Não posso controlar o que as pessoas falam ou pensam sobre um outro camisa nove. O que eu posso controlar é meu trabalho, minha dedicação — Everaldo, jogador do Bahia.

– Lidar com isso, tem que lidar com naturalidade. Tem que saber que futebol é assim, funciona assim. Eu sou um cara experiente e entendo isso. É como eu falei, se foge do meu controle, não posso falar muito sobre isso. Prefiro lidar com a realidade. Tanto eu como Mingotti buscamos sempre entregar o melhor para fazer os gols – completou o atacante.

O torcedor viu o período de contratações chegar ao fim sem um reforço para o ataque. Mas viu também Everaldo balançar as redes na vitória do Tricolor para cima do América-MG. O atacante é o artilheiro do time na temporada, com 14 gols.

Everaldo é também o jogador com mais participações em gol no Bahia em 2023. Além das 14 bolas na rede, são quatro assistências na conta do camisa nove.

– Não estou contente com os números, principalmente no Campeonato Brasileiro. Mas tenho certeza que isso vai melhorar. (…) Com certeza tenho margem para crescer mais. Eu me cobro muito. Fiquei muito feliz pelo gol de domingo, mas não estou satisfeito. Quero mais. Tenho certeza que isso vai acontecer. Tem o próximo jogo, o segundo turno inteiro. O que depender de mim, vou dar meu melhor para buscar os triunfos e os objetivos pessoais, que são fazer os gols – projetou o atacante.

Ainda sobre as críticas da torcida, Everaldo pontuou que a falta de gols nem sempre deve entrar na conta do camisa nove. De acordo com o jogador, o Bahia passou por um período de dificuldade na criação de jogadas, o que contribuiu para a cobrança da torcida nos atacantes.

– Se cobra muito do nove, mas tem que cobrar quando o nove erra os gols. O que acontecia é que a gente não tinha tantas oportunidades. A que chegava a gente tinha que fazer. No último jogo sim eu posso me cobrar porque teve oportunidades. Uma sim, mas poderia ter feito mais. Globoesporte