A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que ingressou com uma ação civil pública contra 27 pessoas que participaram da invasão de prédios públicos durante os atos golpistas de 8 de janeiro. A ação pede que os bolsonaristas sejam condenados a pagar pelos danos causados ao patrimônio público.

Segundo a AGU, a ação foi elaborada com base em um relatório de inteligência da polícia do Senado Federal, que identificou publicações em redes sociais feitas pelos próprios acusados. Nas imagens, as pessoas aparecem comemorando a invasão ao Congresso Nacional e entram em confronto com policiais legislativos.

A AGU informou que esta é a sétima ação movida contra os bolsonaristas que depredaram as sedes dos três poderes ou que financiaram esses atos golpistas. Os processos, até o momento, envolvem 250 pessoas, três empresas, uma associação e um sindicato.

A AGU pede que todos sejam condenados a ressarcir os cofres públicos pelos estragos – o governo estima o prejuízo em R$ 26,2 milhões – e a pagar indenização pelo dano moral coletivo causado em razão do ataque à democracia.

Conforme a AGU, as sete ações oficializadas até o momento são:

  • Ação que obteve bloqueio de bens de suspeitos de financiar o fretamento de ônibus para os atos. AGU solicitou que 54 pessoas, três empresas, uma associação e um sindicato sejam condenados ressarcir os cofres públicos;
  • Ação que obteve o bloqueio de bens de 40 pessoas presas em flagrante por participarem da invasão e depredação dos prédios. AGU pediu a condenação dos envolvidos a ressarcirem os cofres públicos;
  • Ação contra 42 presos que participaram da invasão e da depredação do prédios públicos, com bloqueio de bens dos envolvidos. AGU pediu a condenação para ressarcir os cofres públicos;
  • Ação contra 42 presos em flagrante durante os atos, com bloqueio de bens. AGU também pediu a condenação;
  • Ação contra suspeitos de financiar o fretamento de ônibus para os atos golpistas. AGU pede indenização de R$ 100 milhões por dano moral coletivo;
  • Ação contra presos em flagrante no interior do Palácio do Planalto e que são investigadas criminalmente pelos atos;
  • Ação contra 27 pessoas que publicaram nas próprias rede sociais a participação na invasão e depredação dos prédios públicos. G1