EC Bahia

O desempenho do Bahia como visitante tem deixado a desejar no segundo turno do Brasileirão. O tricolor ainda não conseguiu vencer.  Em seis jogos, foram quatro derrotas e dois empates. Em comum em todas as partidas está a baixa produtividade do ataque.

O time marcou só um gol nos seis jogos que fez fora de casa nesta segunda metade da Série B. Foi anotado por Davó durante o empate com o Londrina por 1×1. O duelo teve gosto de derrota para o Bahia, que sofreu a igualdade aos 50 minutos do segundo tempo. Em todos os outros jogos, a equipe passou em branco quando o assunto é bola na rede adversária.

A explicação para o aproveitamento ruim dos homens de frente pode ser dada pela dificuldade que o Bahia tem de ser criativo longe de Salvador, mas também pela falta de precisão nos chutes. O time não consegue acertar uma finalização sequer no gol há 180 minutos mais os acréscimos – ou dois jogos inteiros.

Na derrota para o Sport, por 1×0, na Ilha do Retiro, o Bahia finalizou seis vezes. Cinco foram para fora e uma foi bloqueada. Situação semelhante aconteceu durante o empate por 0x0 com o Criciúma, em Santa Catarina. Das seis finalizações, nenhuma foi no alvo. Quatro foram para fora e duas bloqueadas. Os dados são do site Sofascore.

Questionado sobre o desempenho dos atacantes, o técnico Enderson Moreira minimizou os números e disse que a equipe tem buscado melhorar o rendimento. Ele também usou o pouco tempo de treinamentos entre uma partida e outra como justificativa pela falta de pontaria.

“São contingências do futebol. Às vezes a gente chuta no gol, o goleiro defende e é uma situação menos perigosa. A gente está trabalhando para fazer o gol. (…) O que acontece com time que não treina? Cai performance, é normal”, avaliou Enderson, que justificou a mudança do ataque no último jogo pelo desgaste físico dos titulares.

No entanto, recentemente o elenco teve 12 dias de intervalo entre o jogo contra o Londrina, em 16 de agosto, e o contra o Vasco, no dia 28. Agora, terá mais 12 dias entre a derrota para o Sport, na última segunda-feira, e o confronto com o Operário, que é só no dia 24.

Por opção do departamento de futebol, no qual a comissão técnica se inclui, o elenco não treinou terça, dia da viagem de volta do Recife, e não treinará nesta quarta, pois os atletas ganharam folga. As atividades da semana serão quinta e sexta, já que os jogadores também terão folga no sábado e no domingo.

Na campanha geral, o ataque do Bahia tem bons números. São 33 gols em 30 partidas, uma média de 1,1 gol por jogo que coloca a equipe com o terceiro ataque mais positivo da Série B, atrás do Cruzeiro, com 39, e do Grêmio, 34. Desses 33 gols, 24 foram marcados na Fonte Nova.

A média da equipe cai para 0,6 gols por partida na condição de visitante. Foram nove em 15 confrontos. Fora de casa, o Bahia tem o quarto pior ataque entre os 20 clubes, junto com Londrina e Tombense.

“Está todo mundo se dedicando, se empenhando. Não é fácil fazer o que a gente está fazendo. Faz um histórico de quais times estão conseguindo vencer muito, neste momento, fora de casa. É muito difícil. Quase nenhum está conseguindo êxito. É prova de que está todo mundo com essas mesmas dificuldades”, completou o treinador.

Tomando 62 pontos como referência para subir de divisão, o Esquadrão precisa de mais 11 dos 24 que disputará, de acordo com os cálculos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Se vencer os quatro jogos que tem em casa, chegará a 63. Se cometer um deslize, terá que buscar pontos fora.

A distância para o Londrina, 5º colocado, é de sete pontos. A vantagem pode cair para quatro se o time paranaense vencer o Tombense, fora de casa, sexta-feira. O tricolor também corre risco de perder a vice-liderança caso o Grêmio supere o Novorizontino no mesmo dia, em São Paulo. Correio da Bahia