A Bahia registrou 164 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus), de janeiro até as 17h de terça-feira (10). A informação foi divulgada através de uma nota conjunta da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. Casos só são oficialmente reconhecidos como suspeitos após confirmação do Ministério da Saúde, o que ainda não ocorreu.

Dois casos do coronavírus na Bahia já foram confirmados pela Sesab. O primeiro foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, que retornou da Itália em 25 de fevereiro. O segundo foi uma mulher de 42 anos, trabalhadora doméstica, que teve contato domiciliar com a primeira paciente do estado, quando ainda estava sintomática.

Ainda dentre os 164, 106 foram descartados laboratorialmente ou por não se enquadrarem no protocolo do Ministério da Saúde e 56 aguardam análise laboratorial.

Os municípios notificantes foram Araci, Boquira, Camaçari, Candeias, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Itabuna, Jacaraci, Jequié, Lauro de Freitas, Lençóis, Paripiranga, Pojuca, Porto Seguro, Riacho de Santana, Salvador, Santa Cruz Cabrália, Santo Antônio de Jesus, São Félix do Coribe, Teixeira de Freitas, Tucano, Vera Cruz e Vitória da Conquista.

De acordo com a Sesab, os números representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com os Cievs municipais.

Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

A secretaria alerta que o paciente com diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode ter a doença em grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). Na suspeita de coronavírus, é necessária a coleta de duas amostras, que serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA).

Para confirmar a doença, é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o genoma viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito.

O Ministério da Saúde ampliou para 36 o número de países que passam a ser monitorados pela pasta por apresentarem transmissão local do coronavírus. Desta forma, as pessoas que estiveram nesses países nos últimos 14 dias e apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, serão enquadradas como casos suspeitos de coronavírus. G1