EC Bahia

Depois de três anos, o Bahia voltou a aderir à solução caseira para assumir o comando do time profissional. Contratado para ser o coordenador das categorias de base e técnico da equipe de aspirantes, Dado Cavalcanti substituti Mano Menezes, que deixou o clube no último domingo após a derrota para o Flamengo. Uma estratégia semelhante a momentos recentes do clube, mas que não obteve bons resultados. O Bahia chega agora à terceira efetivação de treinador na sua “era democrática”.

A primeira foi em 2014, quando Fernando Schmidt presidia o clube, e decidiu pela promoção de Charles Fabian, técnico do time sub-20, para o comando a equipe na Série A do Brasileiro. O Bahia era o penúltimo colocado, restavam cinco jogos para o fim da temporada, e Charles até levou o Tricolor a lutar contra a degola até a última rodada, mas não conseguiu evitar o rebaixamento ( foram três derrotas e duas vitórias). No fim, lamentou a postura de alguns jogadores que “se esconderam no DM”.

Charles recebeu nova oportunidade no ano seguinte, desta vez com Marcelo Sant’Ana como presidente do Bahia. Agora membro da comissão técnica permanente, o treinador substituiu Sérgio Soares com a missão de comandar a equipe nos oito jogos restantes da Série B do Campeonato Brasileiro e lutar pelo acesso. A missão durou apenas seis jogos (dois triunfos, um empate e três derrotas), já que o Bahia liquidou a chance de subir de divisão.

Charles então entrou de férias e Aroldo Moreira comandou time nas duas últimas partidas da Série B. No início de 2016, Charles e Bahia chegaram a um acordo sobre o desligamento, quando o profissional decidiu dar sequência à carreira como treinador.

Em 2017, a gestão Marcelo Sant’Ana apostou em mais um treinador da casa. Jorginho foi demitido após desempenho ruim do Bahia e, contando com “campanha” dos jogadores e uma espécie de período de avaliação de cinco jogos (46,6% de aproveitamento), Preto Casagrande foi efetivado. Ele era auxiliar técnico da equipe há dois anos.

A experiência de Preto Casagrande como treinador do time principal, porém, durou quatro jogos na Série A. Preto obteve cinco dos 12 pontos disputados, rendimento de 41,6%, e foi demitido. Depois, ele voltou a ser auxiliar técnico no clube, mas em comum acordo, na virada do ano, deixou o clube.

Na gestão Guilherme Bellintani, esta vai ser a primeira vez que um treinador que já estava na casa é efetivado como técnico principal. Dado assume o time respaldado pelo bom trabalho que fez à frente da equipe de aspirantes no início do ano. Ele levou o time até as semifinais do Campeonato Baiano – a equipe foi campeã, mas já sob comando de Roger Machado – e revelou peças que são úteis para o time principal ou que renderam lucro para o clube: Gustavo, Ramon, Saldanha, Edson e Mateus Claus, por exemplo.

Dado promove seu primeiro treino com o grupo na próxima quarta-feira. Ele vai ter quatro dias até o primeiro compromisso, diante do Internacional, no Brasileirão. Com 28 pontos, o Bahia ocupa a 16ª colocação da Série A. O Vasco, time que abre o Z-4, tem a mesma pontuação do Tricolor, mas tem uma vitória a menos e, por isso, fica atrás na tabela de classificação. (Globoesporte)