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O ministro Luís Roberto Barroso recebeu diretamente do presidente do WhatsApp, Will Cathcart, a garantia de que a ferramenta que permite grandes grupos na plataforma não seria lançada antes do segundo turno das eleições.

Na prática, trata-se de um grande grupo de grupos, que pode ter milhares de membros, com toda a comunicação criptografada. Hoje, cada grupo de WhatsApp tem, no máximo, 256 integrantes. O recurso estará em teste com alguns usuários nos próximos meses.

A conversa aconteceu por chamada de vídeo, quando ele ainda era presidente do TSE. O ministro havia dito em conversas reservadas que estava preocupado com notícias a respeito do novo serviço do aplicativo. A avaliação do magistrado é que seria ruim ampliar o alcance dos grupos de WhatsApp antes do pleito.

Embora Jair Bolsonaro (PL) refira-se a um acordo entre o tribunal e a plataforma, não houve nenhum trato sobre o tema. A decisão de implementar o “comunidades” após o primeiro turno partiu do WhatsApp e só caberia à plataforma decidir por revisar a própria determinação.

A empresa, porém, não promete segurar o lançamento das comunidades entre o segundo turno e a posse presidencial no Brasil. O público-alvo do novo recurso são escolas, empresas e moradores de prédios. “Acreditamos que as comunidades tornarão mais fácil para um diretor de escola reunir todos os pais e responsáveis para compartilhar avisos importantes e criar grupos para turmas específicas e atividades extracurriculares ou voluntárias”, afirma a empresa.