Caminhoneiros que passam por Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, reclamam da falta de informações sobre a prevenção do coronavírus nas rodovias. A cidade é o maior entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste e tem maior registro de casos da Covid-19 na Bahia.

“A gente esperava mais instrução, tanto nossa [caminhoneiros], quanto do pessoal que está em viagem, está em percurso, carro pequeno. Porque estamos todos correndo o risco de estar pegando esse vírus aí. No meu veículo eu carrego álcool em gel e prefiro evitar tumulto, evitar aglomeração, mas não tem uma instrução”, disse o caminhoneiro Guilherme Maia.

Feira de Santana é cortada por seis rodovias – três federais e três estaduais. Guilherme pontuou ainda que a instrução em pontos de grande circulação das vias ajuda a evitar a contaminação pelo vírus.

“Acho que deveria ter mais instrução, para todo mundo evitar proliferar o vírus. A maioria dos lugares não tem esse apoio. Eu acho interessante o pessoal fazer isso [orientação], principalmente na blitz educativa, como fazem em todas as campanhas, para instruir todos que estão na rodovia, não só motoristas profissionais, mas aqueles que também estão em viagem”, disse ele.

O caminhoneiro Charles Soares também reclamou da falta de campanhas de incentivo à prevenção contra o vírus da Covid-19. Ele, que é de Minas Gerais, está preocupado porque circula por todo o país.

“Por onde eu tenho passado, não está tendo nenhuma divulgação, nenhuma campanha em relação ao coronavírus, não está tendo nenhum incentivo [de prevenção] para a classe dos caminhoneiros. Nos pontos de apoio, ninguém está falando nada sobre isso. A gente roda o Brasil de norte a sul. Eu mesmo fico 30 dias viajando, sem passar em casa e todo dia estou em um lugar diferente. Por onde eu tenho passado, não tenho ouvido falar nada sobre o coronavírus. Só alguns lugares tem um álcool gel”, ponderou. G1