Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A Procuradoria-Geral da República enviou, na quarta-feira (8), ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, uma denúncia contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão; o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ); e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado, por participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os três estão presos preventivamente desde o dia 24 de abril por serem apontados como os mandantes do homicídio. Eles negam ter cometido os crimes.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o ex-policial militar Ronnie Lessa revelou que, no segundo trimestre de 2017, Chiquinho, então vereador do Rio de Janeiro, teria ficado descontrolado com a atuação de Marielle contra um projeto de lei que ele e o irmão, Domingos Brazão, queriam a regularização de um condomínio na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, sem respeitar o critério de área de interesse social.

Ainda nos depoimentos, Lessa conta que Barbosa importante para que os assassinatos fossem cometidos. O delegado atuaria para garantir que os irmãos Brazão seguissem imunes de qualquer envolvimento com o caso, impedindo que qualquer inquérito chegasse a Chiquinho e Domingos. Ronnie Lessa está preso desde 2019. Ele é apontado como autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, em março de 2018. BNews