Agência Brasil

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste voltou a propor lockdown em algumas cidades da região. No boletim mais recente no grupo formado por especialistas uma das sugestões é de que as cidades com mais de 80% de ocupação de leitos decretem a medida de isolamnto rígido de circulação de pessoas. O documento sugere que a restrição seja implementada por pelo menos 14 dias para reduzir de forma drástica o número de novos casos e para evitar o colapso hospitalar.

O novo boletim traz uma série de recomendações para impedir o avanço da segunda onda de Covid-19. No documento, os técnicos do grupo também se debruçam sobre a questão da compra e distribuição de vacinas contra a doença para a população.

Os técnicos do grupo destacam que entre julho e agosto, períodos em que “lockdowns” foram implementados com sucesso em vários estados nordestinos, na maioria dos casos observou-se uma redução significativa dos valores de transmissão. E consequentemente, houve redução do número de infectados e queda no número de óbitos. “Quando houve o afrouxamento das medidas preventivas da Covid-19, os valores de R(t) voltaram a crescer, com exceção de Sergipe que teve uma redução de 62% em novembro”.

Outras medidas recomendadas são a proibição formal de todo e qualquer evento comemorativo de festas natalinas e de final de ano que causem aglomeração de pessoas; o fechamento de todas as praias, parques e outros espaços que possam gerar aglomerações populares durante as festas natalinas e de final e ano; obrigatoriedade do uso de máscaras em parques, pistas e calçadões em praias para caminhadas e exercícios físicos, com distância mínima de 2 metros entre pessoas de famílias diferentes; e ainda promover articulações com associações comerciais e empresariais para definir um escalonamento dos horários de atividades de modo a reduzir a pressão de passageiros no transporte público.

O Comitê ainda sugere limitar a lotação dos veículos de transporte público, obrigando o uso de máscaras por todos passageiros e funcionários, e fiscalizar o cumprimento das normas nos terminais de maior movimento; comércio em feiras ao ar livre e lojas de ruas, com limitação de pessoas nas lojas, obrigatoriedade do uso de máscaras e uso de álcool em gel; serviços médicos, odontológicos e veterinários com agendamento de um paciente por vez; serviços de escritórios de advocacia, contabilidade e outros, com agendamento de um cliente por vez.

Os shoppings também estão na lista de recomendações. De acordo com os especialistas do comitê, o idela é que as lojas desses estabelecimentos operem com limitação de pessoas, obrigatoriedade do uso de máscaras, uso de álcool em gel e ampliação dos horários de atendimento.

A lista ainda incluir a sugestão para que eventos esportivos em estádios abertos devem ocorrer apenas sem a presença de torcedores, como já ocorre na Bahia; fechamento de academias de ginástica, ou limitação do número clientes, dependendo da situação local; museus, cinemas e teatros com assistência reduzida e obrigatoriedade do uso de máscaras; e por fim que cultos em templos religiosos com assistência reduzida e obrigatoriedade do uso de máscaras. (BN)