EC Bahia

O elenco do Bahia está na reta final de preparação para enfrentar o Vasco domingo (28), às 16h, na Fonte Nova, pela 26ª rodada da Série B. Enderson Moreira comanda o penúltimo treinamento hoje e já começou a desenhar a provável equipe titular. E o onze inicial que entrará em campo desta vez é bem diferente do time que, há um turno atrás, em maio, perdeu por 1×0 para os cariocas, em São Januário.

Se comparado com a equipe que iniciou o jogo no Rio de Janeiro pela 7ª rodada, o torcedor tricolor verá mudanças em pelo menos três setores: laterais, zaga e ataque. No meio-campo também é provável ter novidade.

A começar pela posição que gerou mais polêmica e atrito entre clube e torcida durante a primeira parte do campeonato, quando o Bahia iniciou com o jovem Douglas Borel pela direita e Luiz Henrique na esquerda. O lado canhoto vivia sofrendo alterações com o revezamento com Djalma, que já deixou o clube para ir jogar no Chipre, mas hoje dá para dizer que a posição tem um dono, Matheus Bahia.

Em baixa após o rebaixamento da Série A no ano passado, o jogador aproveitou o mau momento dos companheiros de posição e recuperou o status de titular. O lado direito também passou por mudanças. Primeiro com a titularidade de André, que até jogou bem e aproveitou as oportunidades, e agora com a sequência dada a Marcinho, contratado no início do mês.

Na zaga, a dupla contra o Vasco no primeiro turno foi Ignácio e Didi, que foi a opção para o lugar de Luiz Otávio, machucado. Dessa vez o camisa 3 está voltando de outra lesão e tende a retomar o posto ao lado de Ignácio.

Definitivamente, o setor que mais sofreu mudanças em pouco mais de quatro meses foi o ataque. Davó é o único nome certo para a partida e que estava em São Januário na derrota do dia 15 de maio. Mas as companhias na frente são diferentes. Rildo, na época titular, foi vendido para o futebol português, enquanto Marco Antônio, que completou o trio de ataque, perdeu muito espaço – principalmente por causa de lesões – e não é mais titular.

Enderson Moreira também não garante levar ao campo a mesma formação usada pelo então treinador Guto Ferreira. A cartilha do técnico atual se mostra mais cautelosa diante de alguns adversários, por isso o Bahia pode jogar no 4-4-2 domingo.

Para compor o meio, o principal nome é o de Ricardo Goulart, grande contratação do clube para o segundo turno e que apareceu entre os titulares no treino de ontem.

E a outra mudança deve ser a entrada de Jacaré para fazer dupla com Davó no ataque – os dois jogaram juntos no empate de 1×1 contra o Londrina, dia 16, e o primeiro deu assistência para o segundo.

Se antes era visto como uma peça para ‘botar fogo’ ao decorrer do jogo, Jacaré hoje aparece como um jogador eficiente para as transições em velocidade, o que pode ser útil a depender de como o jogo se desenhe, além de ajudar nas linhas de marcação.

Resposta da torcida
As comparações entre o jogo que ainda irá acontecer e o último encontro não se resumem às escalações no gramado. Líder na época, o Bahia viu a torcida vascaína fazer a festa em seu estádio com quase 20 mil pessoas. E os mandantes não pouparam provocações após o apito final, insinuando que os cariocas sabiam como dar uma festa e apoiar o clube.

O fato foi, inclusive, citado pelo goleiro Danilo Fernandes após o apito final. “Os caras ganharam com um chute no gol, né? É impressionante, parece que foram campeões. Mas é isso aí, ganharam do líder da competição, então, eles têm que comemorar mesmo”, disse o goleiro na época.

O camisa 1 chegou a ser questionado por uma possível falha no chute forte de Figueiredo de fora da área, que decretou a vitória para o Vasco, e assumiu a culpa. “Jogo decidido em um detalhe, de uma bola parada, onde assumo total responsabilidade. Balançou, uma bola difícil, um chute de longe, onde variou muito. Ela realmente saiu da minha mão. Mas eu não posso tomar esse tipo de gol”, completou.

Agora, a torcida do Bahia tem a chance de fazer a sua festa na partida do returno. A expectativa é de mais uma tarde de apoio ao time dentro da Fonte Nova, já que mais de 40 mil ingressos esgotaram desde a semana passada. Correio da Bahia