Foto: João Salvador

Se tem uma coisa que a temporada 2019 mostrou é que o cargo de técnico do Vitória é uma profissão com grande rotatividade. Demitido na última quarta-feira, Carlos Amadeu se junta a Marcelo Chamusca, Cláudio Tencati e Osmar Loss na lista de ex-treinadores do Rubro-Negro, que agora busca o quinto treinador nesta temporada. Situação que faz o clube liderar a estatística de trocas de treinadores de times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.

Anunciado nesta quinta-feira, Geninho assume o clube com o desafio de alcançar estabilidade no cargo. Na Série A, os clubes que mais se aproximam do Vitória em trocas de treinadores nesta temporada são Goiás e Chapecoense, que estão no terceiro técnico. Na Série B, Guarani e São Bento lideram as mudanças no comando, ambos com quatro treinadores nesta temporada.

Mas teria algum clube no Brasil com números que se igualam ou ultrapassam o Vitória em trocas de técnicos? Tem sim. O Atibaia, de São Paulo, que disputa a Série A2 e a Copa Paulista, está em seu quinto técnico no ano. E o Treze, da Paraíba, chegou ao sexto treinador no ano.

A rotatividade dos técnicos do Vitória:

06 de dezembro de 2018 – Marcelo Chamusca anunciado
18 de março de 2019 – Marcelo Chamusca demitido

19 de março – Cláudio Tencati anunciado
19 de maio – Cláudio Tencati demitido

21 de maio – Osmar Loss anunciado
04 de agosto – Osmar Loss demitido

05 de agosto – Carlos Amadeu anunciado
18 de setembro – Carlos Amadeu demitido

19 de setembro – Geninho anunciado

Do anúncio da contratação em agosto até a demissão na última quarta, Amadeu ficou no Vitória por 43 dias e comandou o time em nove jogos. Ele só fez mais partidas nesta temporada pelo Rubro-Negro que Cláudio Tencati, que dirigiu a equipe em sete. Marcelo Chamusca, com 14, é quem tem mais jogos pelo Vitória em 2019. Osmar Loss aparece em seguida com 10.

Também vale lembrar que o Vitória está no segundo presidente no ano: Paulo Carneiro. O gestor, eleito em abril após o clube antecipar as eleições, decidiu manter Cláudio Tencati, depois optou pela demissão do gestor e foi responsável pelas contratações de Osmar Loss, Carlos Amadeu e agora Geninho. Marcelo Chamusca chegou quando Ricardo David ainda era presidente do clube.

Amadeu também tem os melhores números como técnico do Vitória no ano. Ele conseguiu 48% de aproveitamento, contra 38% de Marcelo Chamusca, 26,6% de Osmar Loss e 23,8% de Cláudio Tencati. Contudo, todos acumulam vexames pelo clube em 2019: queda no Campeonato Baiano na primeira fase, assim como na Copa do Brasil, eliminação no Nordestão nas quartas de final com goleada por 4 a 0 sofrida diante do Fortaleza e luta contra o rebaixamento da Série B.

Mas os números superiores aos antecessores não foram suficientes para manter Carlos Amadeu, que sofria críticas pelas constantes mudanças no time titular do Vitória e por não conseguir fazer o time decolar na Série B: ocupa atualmente a 15ª posição, com 24 pontos, um a mais que São Bento, time que abre a zona de rebaixamento.

Novo técnico do Vitória, Geninho tem 71 anos e estava sem clube desde junho, quando foi demitido do Avaí. A estreia dele está marcada para a próxima terça-feira, contra o Atlético-GO, na Arena Fonte Nova. Globoesporte