As cidades do sul e extremo sul da Bahia têm registrado um crescimento acelerado no número de casos da Covid-19 e a situação é mais complicada nos municípios que têm menos de 30 mil habitantes. Com pouco mais de 22 mil habitantes, Caravelas foi um dos últimos municípios do sul e extremo sul onde casos da doença foram registrados.

A primeira confirmação de Covid-19 foi na zona rural, no dia 30 de maio. Em trinta dias, 46 pessoas já estavam com a doença. Agora, a cidade tem 120 casos confirmados. Em Medeiros Neto, o primeiro caso confirmado foi em 31 de março. Após mais de um mês, surgiu o segundo caso, e, depois disso, os números foram aumentando devagar. Mas, nas últimas semanas, a situação piorou e os casos confirmados já somam mais de 320.

“O aumento de casos também se deve ao aumento de número de testagens. No nosso município, a gente concentrou nas testagens, estamos testando mais, tanto em relação ao swab [exame feito com uma espécie de cotonete], voltado para os profissionais da área de saúde, quanto aos testes rápidos direcionados à população”, explicou Alex Separião, secretário de Saúde de Medeiros Neto.

Moradores ficam preocupado porque, mesmo com as fiscalizações e medidas de segurança, nem todos estão colaborando para evitar a disseminação do vírus. “O que mais preocupa a gente, são aquelas festinhas que se faz reservado, até mais em alguns lugares como zona rural. Tem vindo muita gente de fora para nossa cidade. Vamos ter cuidado, essa doença é letal”, disse o servidor público Wanderson da Silva.

“O que nos deixa mais em alerta não é a questão só do aumento do número de casos, é o número de leitos especializados na região. Hoje, nós temos em Teixeira de Freitas leitos clínicos e de UTI lotados. Talvez, se a gente tivesse um caso que complicasse na nossa região, entre os 13 municípios, seria difícil arranjar um leito de UTI na região”, disse o secretário de saúde de Medeiros Neto, Alex Separião. Por outro lado, tem município que o contágio preocupou no início, mas a situação está controlada. Em Ibirapuã, dos 65 casos casos confirmados, três ainda estão se recuperando.

“Desde março, estamos com barreiras sanitárias nas principais entradas da cidade e nos distritos. Fizemos uma campanha de isolamento social, onde a população ajudou bastante. Através dos testes rápidos, nós podemos detectar, com mais rapidez, os pacientes assintomáticos”, disse Maria Olivia Ferreira Bastos, secretaria de saúde de Ibirapuã. Segundo boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) divulgado nesta segunda-feira (20), o número de casos da doença confirmados no estado subiu para 123.292 e de mortes para 2.891. G1