Foto: Ricardo Stuckert/PR

Após quase seis meses no cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua com uma avaliação estável. Segundo uma nova pesquisa do Datafolha, 37% dos entrevistados consideram seu governo como ótimo ou bom, enquanto 27% o avaliam como ruim ou péssimo. Outros 33% consideram sua gestão regular, e 3% não expressaram opinião. O levantamento foi realizado em 112 municípios, com a participação de 2.010 eleitores, e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram conduzidas entre segunda-feira (12) e quarta-feira (14).

Em comparação com a pesquisa anterior realizada em março, os números não apresentam variações significativas, ficando dentro da margem de erro. Isso indica que a percepção da população em relação ao governo de Lula se mantém estável ao longo desses cinco meses.

A pesquisa revela que, apesar dos desafios enfrentados, Lula ainda possui uma parcela considerável da população que aprova sua gestão. No entanto, é importante ressaltar que a margem de erro pode influenciar os resultados e que mudanças mais significativas podem não ser detectadas.

Comparado com outros presidentes em momentos semelhantes de seus mandatos, Lula encontra-se em uma situação favorável. Embora não tenha atingido níveis de aprovação tão altos quanto alguns de seus antecessores, como Fernando Henrique Cardoso em 1995, sua avaliação é semelhante à de outros líderes políticos em estágios específicos de seus governos.

É fundamental destacar que as avaliações são retratos momentâneos da opinião pública e podem ser influenciadas por diversos fatores, como eventos políticos, econômicos e sociais. A crise política enfrentada por Lula, especialmente em relação às relações com a Câmara dos Deputados, pode impactar futuras avaliações de seu governo.

A pesquisa do Datafolha também revela que a aprovação de Lula é mais expressiva entre os grupos de menor renda, com menor nível de escolaridade e entre os habitantes da região Nordeste. Esses resultados refletem as percepções e as preferências de diferentes segmentos da sociedade em relação à atual administração.