Foto: Anderson Riedel/PR

De olho na campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição, o governo prepara um “pacote de bondades” na área econômica a fim de impulsionar o ritmo de crescimento do país e melhorar a imagem presidencial. Assessores de Bolsonaro esperam que, com isso, ele diminua nos próximos meses a diferença para o ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Segundo o Datafolha, em pesquisa de dezembro, Lula aparece com 48% das intenções de voto, e Bolsonaro (PL), com 22%. Em seguida, aparecem Sergio Moro (Podemos), com 9%; Ciro Gomes (PDT), com 7%; e João Doria (PSDB), com 4%.

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, deve anunciar em março um programa de crédito de R$ 100 milhões para pequenas e médias empresas em dificuldades financeiras por causa da pandemia do coronavírus.

Além disso, o ministro antecipou que o governo estuda reduzir em 25% o Imposto sobre Produtos Industrializados e liberar o FGTS para trabalhadores endividados. Segundo assessores presidenciais, são medidas necessárias num momento em que a economia dá sinais de que “está andando de lado”, ou seja, crescendo muito pouco.

Outras medidas

A avaliação do Palácio do Planalto, o que vai definir a eleição é a economia. O eleitorado vai definir seu voto de acordo com o comportamento da inflação, do desemprego e do crescimento econômico, dizem auxiliares de Bolsonaro. Nesta linha, o presidente Bolsonaro ainda não desistiu de dar algum reajuste para os servidores públicos.

O Ministério da Economia sugeriu ao chefe conceder um aumento linear de R$ 400, por meio do tíquete alimentação. Nesta quarta-feira (23), o presidente anunciou que o governo decidiu garantir que o pagamento do tíquete de alimentação não sofre incidência de contribuição previdenciária.

Pesquisas

O comitê de campanha do presidente destaca que Bolsonaro conseguiu estancar a queda nas pesquisas desde o final do ano passado e, agora, apostam que ele começará a subir, melhorando a aprovação a seu governo e reduzindo a diferença para Lula nos levantamentos de intenção de voto. E as medidas na área econômica teriam condições de acelerar essa recuperação. Por Valdo Cruz/G1